Peregrinos muçulmanos brasileiros são convidados pelo governo da Arábia Saudita para participarem do Hajj
Hajj é um ritual histórico de reflexão que é um dos cinco pilares da religião islâmica, junto ao testemunho, reza, caridade e ramadã.
Meca durante o Hajj
São Bernardo do Campo, julho de 2019 – Em torno de mais de 3 milhões de peregrinos muçulmanos de toda parte do mundo – Brasil, Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Sudão, entre outros países – vão até Meca, na Arábia Saudita, para participar do Hajj (peregrinação, em português), que começa no dia 9 de agosto e termina dia 14 do mesmo mês, período considerado último mês no calendário islâmico.
Hajj é um ritual histórico de reflexão que é um dos cinco pilares da religião islâmica, junto ao testemunho, reza, caridade e ramadã. Os ritos são realizados dentro e ao redor da cidade sagrada de Meca. Essa peregrinação deve ser realizada, pelo menos uma vez na vida, por quem possui condições financeiras e físicas e seguem os preceitos da religião muçulmana. “A peregrinação é um momento de desapego a bens materiais. Com o ritual, a intenção é seguir os passos do profeta Abraão, que é o pai de todos os profetas, e relembrar a sua importância perante a religião islâmica”, explica Ali Saifi, vice-presidente do CDIAL – Centro de Divulgação Islâmica para América Latina.
Como funciona
O Hajj começa em um estado de pureza que demanda rezas, banho, trato no cabelo e na barba, abandono de perfumes, cortes de unha, sexo e cigarros. Em seguida, os fiéis partem para Meca vestidos de branco.
Na cidade sagrada, os muçulmanos fazem o tawaf, um ritual que consiste em dar sete voltas, no sentido anti-horário, ao redor da Caaba – durante cada volta, chamada “shawt”, é feita uma oração –. O ritual acontece no pátio central da Grande Mesquita. Depois, os peregrinos percorrem um trecho de 400 metros entre Safa e Marwah. Após essa preparação, os fiéis fazem uma reza matutina e saem de Meca para Mina (conhecida como a Cidade Tenda, um bairro de Meca, em Makkah, na Arábia Saudita), onde passam o resto do dia e à noite rezando.
Dia 1: Conhecido como o dia de Tarwiyah de Dhu Al Hijjah, no dia 8 de agosto. Nesse dia, os peregrinos começam seus rituais do Hajj desde a Caaba, o local mais sagrado do Islã, que abriga o Masjid (Mesquita) Al Haram - uma estrutura no meio da Caaba que os muçulmanos acreditam ter sido colocada pelo profeta Ibrahim (Abraão) há milhares de anos.
Ao se aproximarem da Caaba, os peregrinos devem circular no sentido anti-horário suplicando a Deus, seguindo as tradições proféticas e expressando a devoção dos muçulmanos que rezam a um só Deus.
Eles devem, então, realizar o Sa'ey, quando os muçulmanos reencenam a jornada de Hagar, a esposa do profeta Ibrahim, enquanto ela vai para os dois pequenos montes em Makkah, Al Safa e Al Marwa, à procura de água para seu filho Ismail. Os muçulmanos andam entre os dois pontos, em memória do milagre pelo qual Deus fez surgir uma fonte debaixo dos pés do bebê Ismael que chorava por cede e fome. Hoje esse local é o poço de Zamzam.
Os peregrinos, então, partem para Mina, a cinco quilômetros de distância, onde recitam orações e passam a noite no vale em que o profeta Ibrahim apedrejou o Satanás que tentava enganá-lo.
Dia 2: Conhecido como o dia de Arafah - um dia crucial do Hajj. Depois da oração do Fajr em Mina, os peregrinos fazem a viagem ao Monte Arafat, uma colina de 70 metros que acredita ser onde o profeta Mohammad fez seu sermão final. Permanecem e rezam no Monte Arafat - considerado o pico da peregrinação.
Dia 3: apedrejando Jamrat Al Aqabah
Nesse dia, os peregrinos devem apedrejar o Jamrat Al Aqabah, o lugar onde se diz que o Satanás apareceu diante do profeta Abraão. Aqui, os peregrinos devem jogar sete pedras, uma após a outra, enquanto dizem Allahu Akbar (Deus é o maior) após cada lançamento. Cada pedrinha deve ter o tamanho de uma fava. O ato imita o do profeta Ibrahim, que foi dito pelo anjo Gabriel para apedrejar o Satanás com pedras. Após o apedrejamento, o animal dos peregrinos deve ser abatido.
Dia 4: Eid Al Adha
O quarto dia, que é também o dia de Eid Al Adha, peregrinos vão passar os três dias do festival de apedrejamento e oração. Eles terminam os rituais do Hajj com um sacrifício de uma ovelha. Alguns peregrinos retornam ao Jamrat para lançar sete pedras nos três pilares novamente para consolidar sua intenção e na esperança de que Alá aceite seu Hajj.
Hajj final: Tawaf Al Wadáa
Antes de deixar Meca, os peregrinos tiram suas vestes brancas ou negras e colocam suas melhores vestimentas. Meca se torna um caleidoscópio de cores, enquanto os peregrinos fazem um final de despedida, conhecido como Tawaf Al Wadáa, onde eles circundam aCaaba pela última vez.
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