Polícia considera foragido quarto agente penitenciário acusado de torturar preso cadeirante
As torturas, segundo a polícia, foram comprovadas e denunciadas pela direção do presídio e eram praticadas pelos quatro agentes penitenciários
Um dos quatro agentes penitenciários da Secretaria de Justiça de Rondônia, acusados de torturar física e psicologicamente um preso cadeirante, é considerado foragido pela Polícia Civil, que cumpriu, nesta segunda-feira, mandados de prisão contra os outros três e mandados de busca e apreensão na casa dos quatro funcionários públicos.
Denominada de Flagelo, a operação para prender os acusados foi desencadeada na manhã desta segunda-feira e contou com a participação de trinta policiais.
A ação policial teve como objetivo combater crime de tortura praticado por agentes públicos do sistema penitenciário.
De acordo com a Polícia, a prática do crime foi registrada no mês de abril deste ano dentro do presídio Milton Soares de Carvalho, o 470, em Porto Velho, e teve como vítima um preso cadeirante acusado de roubo ao patrimônio público e homicídio.
As torturas, segundo a polícia, foram comprovadas e denunciadas pela direção do presídio e eram praticadas pelos quatro agentes penitenciários porque estariam insatisfeitos em ter de conduzir o preso, de cadeira de rodas, para tratamento de saúde.
Ainda de acordo com a polícia, as torturas contra o apenado seriam físicas e psicológicas e incluía restrição à comida distribuída aos demais presos.
Durante a Operação Flagelo, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos quatro acusados, de onde levou vários celulares para tentar comprovar um vínculo permanente entre eles para a prática de torturas.
Segundo a polícia, três agentes penitenciários foram presos nesta segunda–feira e um terceiro é considerado foragido.
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