Por que crianças gostam de morder?
A boca é o mundo da comunicação, e morder faz parte da etapa de reconhecimento da criança, porém, observar é fundamental
Os bebês usam a boca para descobrir o mundo. É ela que os ajuda a sentir e a comunicar o que eles mais precisam na fase pré-verbalização. E a partir de um certo momento, os mordedores para bebê se tornam essenciais na vida dos pais, visto que tal comportamento dos filhos é bem corriqueiro.
Existem alguns indícios essenciais para que essas mordidas aconteçam, e esse comportamento serve até como regulação emocional. No entanto, entender o que essa criança quer comunicar ao ter essa reação é bem importante para que isso não seja agravado com o passar do tempo.
Exploração sensorial através da mordida
O nascimento dos dentes é um marco na vida do bebê, e abre a porta das possibilidades para exploração sensorial. Afinal, reconhecer texturas por meio da mordida, entender as sensações e as diferenças entre os objetos vira um mundo mágico e faz parte do desenvolvimento.
Além disso, também desperta o conhecer de novas expressões, como a dor, o susto ou até o choro de outra pessoa. Por isso, para algumas crianças essa ação pode se tornar prazerosa.
A mordida como fonte de comunicação
Entendendo que a boca é utilizada para comunicar e morder, essa é a forma que a criança encontra para expressar — a sua maneira — alguma falta ou excesso.
Em ambientes coletivos, como creches e escolas, por exemplo, é bem comum que episódios desse tipo aconteçam. No entanto, é importante que exista uma investigação sobre os motivos que levam àquela criança a agir desta maneira.
Se dentro de um contexto coletivo, por exemplo, essa criança tem suas necessidades atendidas, o que pode ter motivado esse comportamento? Observar e anotar pode ajudar a entender se isso é uma ação isolada causada pela ansiedade, ou se existem questões emocionais a serem trabalhadas.
O que essa criança quer expressar?
As crianças não possuem habilidade para canalizar suas emoções como a raiva, a tristeza, o afeto ou o próprio desejo. Somado a isso, se contarmos que elas ainda não verbalizam de maneira coesa, a forma que encontram para expressar o que as aflige pode ser através da mordida.
Ou seja, tal comportamento acaba surgindo em situações em que a criança se sente em disputa por um brinquedo, por exemplo. Ou até uma disputa por atenção, quando o professor está em contato com outra criança e ela precisa chamá-lo de alguma forma.
Analisar e observar para acolher essa criança
O contexto em que a mordida acontece precisa ser considerado para existir algum tipo de intervenção. Ou seja, entender em que lugar, se é uma ação recorrente, se essa criança já se comunica pela fala, se algum professor estava perto e se costuma acontecer com diversas crianças ou apenas com uma.
Acolher ao invés de rotular
Muitas vezes, as crianças chamadas de “mordedoras” percebem que estão sendo rotuladas. Ou seja, mesmo que não exista um motivo para que as mordidas aconteçam, sabe que as pessoas esperam sua reação, e a ansiedade as faz repeti-las, reafirmando o rótulo.
O acolhimento deve acontecer tanto para a criança que levou a mordida, como para aquela que recebeu. Acolher, neste caso, não está ligado ao incentivo, mas à disponibilidade de abrir espaço para que elas entendam as consequências de uma ação, e encontrem outras formas de expressão.
Ou seja, por meio da linguagem corporal e expressões faciais, é possível mostrar à criança que ainda não fala que a atitude dela causa dor. Assim, ela começa a criar noção de suas ações.
Para crianças que já verbalizam, é possível criar um espaço para elas dizerem seus sentimentos — da forma delas — e comecem a se conhecer melhor. Assim, encontrarão outras formas para demonstrar suas insatisfações.
Com essas dicas, você poderá acolher seu filho que passa por essa fase, além de oferecer um mordedor demonstrando que ao invés de morder as pessoas, pode morder outra coisa.
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