Porto Velho ganha uma escultura urbana e um novo cartão postal com revitalização do Espaço Alternativo

A cidade de Porto Velho, fundada em 1914, nasceu e cresceu das instalações ferroviárias da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, através da exploração de borracha e posteriormente de cassiterita e de ouro.

Texto: Luana Lopes Fotos: Luana Lopes
Publicada em 10 de abril de 2018 às 13:19
Porto Velho ganha uma escultura urbana e um novo cartão postal com revitalização do Espaço Alternativo

Lorenzo Villar, arquiteto e autor do projeto da passarela

A cidade de Porto Velho, fundada em 1914, nasceu e cresceu das instalações ferroviárias da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, através da exploração de borracha e posteriormente de cassiterita e de ouro. A obra da ferrovia que iniciou em 1907, marcou a história de Porto Velho, fazendo da Madeira-Mamoré, e das Três Caixas D’àgua (instaladas em 1910, para servirem as obras da Estrada de Ferro), símbolos da capital.

Durante muitos anos, os monumentos históricos foram os cartões postais de Porto Velho, que no ultimo dia 4, ganhou uma moderna escultura urbana, uma passarela metálica, com 180 metros de extensão, localizada no novo Espaço Alternativo, a entrada da cidade para quem chega pelo aeroporto Governador Jorge Teixeira.

O arquiteto responsável pelo projeto, Lorenzo Villar, nascido em Guajará-Mirim, explica que a passarela vai além da questão da mobilidade, desempenhando também a função do belo. “Porto Velho recebia muitas críticas por falta de urbanidade. O projeto foi desenvolvido com intuito de criar um sentimento favorável à população, aproximando as pessoas a um estado de contemplação, mesmo em um centro urbano”.

Lorenzo comenta ainda que o conceito do projeto busca moldar um elemento rígido como o metal em um elemento orgânico, refletindo a percepção do local onde está a cidade de Porto Velho, no limiar entre a floresta e a civilização. “Toda percepção foi moldada pela paisagem amazônica, como as curvas dos rios e o banzeiro das águas. Como arquiteto, senti o dever de fortalecer esse laço e a referência de vida na floresta”, frisa.

Glécia Anselmo nasceu no município de Ji-Paraná e mora há dez anos em Porto Velho, ao passar pela passarela, admirou e elogiou o projeto. “Essa passarela está maravilhosa, Porto Velho precisava de um ponto turístico moderno, um novo cartão postal, um local que dá orgulho apresentar a quem está visitando a cidade”, destaca.

Memorial

Ainda no Espaço Alternativo, o Governo de Rondônia criou o Memorial Rondônia, com uma réplica em tamanho reduzido de parte da muralha do Real Forte Príncipe da Beira, monumento histórico localizado no município de Costa Marques, fronteira com a Bolívia; totens com imagens referenciam ás personalidades importante da história, como o Marechal Rondon, os povos tradicionais indígenas e os extrativistas e uma locomotiva, peça histórica da antiga Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que foi revitalizada pelo Departamento de Estrada de Rodagens, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER).

O diretor do DER, Luiz Carlos Catatau, lembra que antes do Governo assumir a missão de revitalizar, o Espaço Alternativo era um local destinado apenas às práticas esportivas. “Hoje é uma área que integra atividades de lazer, espaços de convivência e contemplação, como a moderna passarela e um passeio pela história do estado de Rondônia”, observou.

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