Porto Velho oferece gratuitamente implante contraceptivo para mulheres vulneráveis
Projeto que começou em 2017 acaba de ser renovado para atender jovens que tenham tido ao menos uma gravidez e queriam planejar as próximas.
Previsão é que atendimento seja estendido para outros municípios de Rondônia e contemple também moradoras de ruas e usuárias de drogas
A prefeitura de Porto Velho iniciou, em 2017, projeto piloto para oferecer o implante contraceptivo subdérmico gratuitamente para jovens que tiveram ao menos uma gravidez. Cerca de 500 mulheres foram beneficiadas com o projeto desde então e que acaba de ser renovado para atender mais 600 jovens. A previsão é que, a partir de 2019, seja estendido para ao menos três municípios do estado de Rondônia, além da capital, e passe a contemplar também moradoras de rua e usuárias de drogas interessadas em evitar a gravidez. Os implantes são fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde – SESAU.
O implante é oferecido às jovens após o parto ou aborto que podem escolher entre este método e o DIU de cobre, no caso de parto, e ainda injetável ou contraceptivo oral, em caso de aborto.
A preferência pelo implante é preponderante e o principal motivo referido pelas pacientes é a facilidade de uso. Por ocasião da alta, elas são encaminhadas para o Centro de Saúde onde são acompanhadas por equipe multidisciplinar. Lá, recebem informação sobre aleitamento materno, prevenção de ISTs, planejamento reprodutivo e métodos contraceptivos, além da garantia de atendimento das intercorrências e o compromisso da equipe médica de troca do método ou remoção do implante sempre que solicitado.
O implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel é um bastonete flexível de 4 cm de comprimento, inserido no braço da mulher. O hormônio é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação e, assim, impedir a gravidez, devendo ser trocado a cada 3 anos. O método tem baixa dosagem hormonal e alta eficácia (>99% ao ano, menor taxa de falha entre os métodos anticoncepcionais, além de proporcionar rápido retorno à fertilidade preexistente após a remoção.
O Brasil registra 1,8 milhão de gestações não planejadas por ano, o que representa 55% de todos os partos. Muitas das mulheres que engravidam sem planejamento estão em situação de vulnerabilidade social e não possuem adesão a métodos contraceptivos de uso diário, mensal ou trimestral. Um dos fatores que pode modificar essa realidade é o investimento em educação e o acesso à informação, além do uso de métodos contraceptivos. Quando analisada a eficácia de cada método, os contraceptivos reversíveis de longa ação (LARC), como é o implante subdérmico, atingem as melhores taxas, por isso são considerados mais efetivos.
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