Prefeito desconta salário de Trabalhadores em educação e categoria decide manter a greve

A decisão da categoria se deu após as inúmeras tentativas de negociação com a Prefeitura da Capital.

Assessoria SINTERO
Publicada em 28 de março de 2018 às 19:02
Prefeito desconta salário de Trabalhadores em educação e categoria decide manter a greve

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, dia 28/03, os trabalhadores em educação do município de Porto Velho decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 23/02.

A decisão da categoria se deu após as inúmeras tentativas de negociação com a Prefeitura da Capital.

No dia 21/03 o secretário Municipal de Educação, Marcos Aurélio Marques, se reuniu com uma comissão de negociação formada por representantes da categoria. Na oportunidade foi feito um levantamento com base nas contas da Semed, chegando-se à conclusão que havia condições de cobrir pelo menos parte das perdas salariais da categoria.

Porém, para surpresa e indignação dos trabalhadores em educação, na reunião do dia 26/03, marcada para oficializar a proposta que poderia encerrar a greve, o secretário compareceu apenas para “dar um recado do prefeito” e anunciar que não haveria mais acordo, nem negociações, nem valor algum a ser repassado.

Os integrantes da comissão de negociação e os demais trabalhadores em educação estranharam o fato de o secretário ter comparecido à reunião escoltado por segurança armado.

Além de fechar as portas para o diálogo, o prefeito Hildon Chaves determinou o desconto dos dias parados e a redução dos valores do Auxílio Alimentação e do Abono Permanência dos trabalhadores em educação que aderiram à greve.

O desconto é ilegal e indevido, pois a greve foi julgada legal pela Justiça, e o Supremo Tribunal Federal possui entendimento pacificado de que não se pode cortar o salário de servidores em greve.

Com essa atitude, a administração do prefeito Hildon Chaves demonstra total falta de compromisso com a educação e descaso com a luta da categoria, que encontra-se com salários defasados e lutam por melhorias.

A partir dessa decisão da categoria de manter a greve, na próxima semana o comando de greve estará em ação, com visitas às escolas visando mobilizar os trabalhadores em educação para que reforcem a luta e também para realizar manifestações e atos públicos com a finalidade de buscar o apoio da sociedade e esclarecer acerca da verdadeira situação da educação no município.

Comentários

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    j paulo 28/03/2018

    Professor no Brasil não tem auxilio moradia, ganha muito mal p a importancia do mister que exerce, é a unica forma de paises do terceiro mundo sair do buraco o resto são funcões complementares comandada pelo interesse dos poderosos. Então, que já ganha nada, ficar sem salário não muda nada. Levaram essas categorias ao fundo do poço em remuneração, na contramão, com lobby e politicagem outras poucas aumentaram significativamente seus subsidios e privilegios. Dai no momento da reivindicação ficam com papo de reposição da inflação que por conta da crise ficou zero, trabalhadores como os professores tão passando fome e outras necessidades básicas pq nao tem dinheiro para consumir, por isso a deflação. Assim em contrapartida os patroes sentados na tampa dos cofres publicos ficam negociando 5% ou 7% em tantas parcelas, mesmo sabendo que qualquer percentual sobre nada é nada. Professor não pode falar em percentual, tem que impor um valor razoavel com base nos maiores salários públicos, tipo 20 mil. Acho que no serviço publico deveria existir tres categorias de salario para todos sem restrição, uma para nivel fundamental, médio e superior, o menor salario publico nunca poderia ser menor que 30% do maior, dai o pais mudaria. Se os cabeças donos do poder querem ganhar muito então aumenta os demais, mais esses criminosos emendaram a cf para acabar com a vinculação, não somente de indices mas de outras categorias, constitucionalizaram a segregação. E na hora de negociar a propria justiça fica atrelada a indices inflacionário. Para salario minimo até criaram lei atrelando a inflação do ano anterior. Nunca vi um orgão que se diz defensor da lei e da constituição, ajuizar ação para exigir o cumprimento do constitucional do salário mínimo que deve ser suficiente para alimentação, lazer, saude, transporte, segurança de uma familia basica, ou seja, atualmente entre 5 e 10 mil reais. Quem alimenta a economia é rotatividade do salário, o empregador paga seu trabalhador e ele mesmo e sua familia compra seus produtos e serviços mantendo a economia regional, mas a corrupçao funciona ao contrario, o politico e seus esquemas passam altas granas para as empresas corruptas e essa faz depositos bilionario em paraisos fiscais, alem do crime propriamente dito, tem a evasão de divisas. Grana que não alimenta a economia, dai aumenta impostos e para que as empresas do esquema se mantenham capitalizadas para nao esfriar o esquema, começam acharcar os salarios dos trabalhadores e aposentados, no lugar de reduzir a carga tributaria, deduzem direitos trabalhistas e previdenciarios. Justamente porque salario de trabalhador não alimenta corrupção, a não ser de comissionados, mas as empresas terceirizadas sim. Dai o interesse desses criminosos em convênios, oscip e a terceirização do serviço publico. Para apenas uma casta com os salarios livres do limite da lrf. Somente uma revolução e nova ordem constitucional para acabar com essa anarquia que se esconde sob o manto da democracia. Uma venezuela piorada.

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    Políticos não tem que ser aplaudidos! 28/03/2018

    Os governantes e os seus não dependem da Educação pública. Quem liga pra esses professores?! Só a massa. Mas a massa é sempre submissa e vai continuar a votar nesse tipo de POLÍTICO!

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