Prefeitura faz monitoramento da sífilis através de comitê de investigação

Pré-natal adequado pode reduzir a transmissão vertical em gestantes.

Comdecom/Semusa
Publicada em 28 de julho de 2018 às 11:14
Prefeitura faz monitoramento da sífilis através de comitê de investigação

No primeiro semestre de 2017 e 2018 foram notificados pela Semusa (Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho) 154 casos de sífilis em gestantes na capital, sendo 72 em 2017 e 82 em 2018. O aumento das notificações aponta que as estratégias adotadas pelo Município estão dando certo, segundo afirmou Maria de Lourdes, coordenadora das infecções sexualmente transmissíveis (ISTS). 
Os dados levantados pelo Comitê de Investigação da Transmissão Vertical da Sífilis, HIV e Hepatites Virais foram repassados aos técnicos da Semusa e aos membros da junta nesta sexta-feira, 27, durante reunião no auditório da secretaria. O comité, composto por várias organizações de saúde e instituições, foi criado em abril deste ano com o objetivo de identificar os casos de sífilis em grávidas e congênita para que seja feito o monitoramento.

“O aumento das notificações se deve ao fato dos nossos profissionais da rede básica (porta de entrada) estarem mais atentos em detectar essas doenças e, após a constatação, a paciente inicia de imediato o tratamento. Isso mostra que o serviço está funcionando”, explicou Maria de Lourdes.

De acordo com o levantamento dos dados pelo SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), em todo o Brasil o índice de transmissão vertical da doença é alto, e Porto Velho segue essa tendência. A incidência é acima de 10 casos para cada mil nascidos vivos, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que seja de 0,5 casos para cada mil nascidos vivos.

Transmissão vertical da sífilis

O diagnóstico precoce (com o uso de testes rápidos) e a atenção adequada no pré-natal reduzem a transmissão vertical (da mãe para o feto). A presença de IST na gestação pode afetar a criança e causar complicações, como aborto, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém-nascido.

O diagnóstico e tratamento estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde.

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