Produção de cocadas no fundo de quintal vira agroindústria familiar

O governador disse que a agroindústria possui um produto que tem condições de ser vendido em grande quantidade no mercado local e também de ser exportado.

Texto: Paulo Ricardo Fotos: Ésio Mendes
Publicada em 15 de outubro de 2018 às 09:15
Produção de cocadas no fundo de quintal vira agroindústria familiar

Quem poderia imaginar que dois coqueiros fossem dar origem à uma agroindústria? O sonho da empreendedora Elianete Gomes  começou a ganhar forças há pouco mais de 7 anos. Antes, o casal Elianete e José Edson atuava no ramo de panificação que enfrentou a crise assim como muitas outras empresas do país. Ela conta que teve a ideia de colher alguns cocos de 2 pés de coqueiros no fundo da casa e fez algumas cocadas para vender na escola onde estudava. “As vendas começaram a dar certo e em determinado momento minha mãe teve que vir ajudar. Meu marido continuou na padaria, mas nunca me fez abandonar meu sonho, muito pelo contrário, me incentivou e até hoje me incentiva tanto que fechou a padaria para que pudéssemos caminhar juntos até a formação da agroindústria”, contou Elianete lembrando que a denominação da agroindústria foi originada da parte do nome da filha mais nova, Nikolly.

Com os olhos cheios de lágrimas, José Edson contou emocionado sobre as inúmeras dificuldades que a família enfrentou. “Hoje estamos comemorando essa conquista, mas antes recebemos muitas respostas negativas. Mesmo assim não desistimos e devemos tudo primeiramente a Deus e à persistência de Elianete que sempre andou de cabeça erguida e correu em busca de tornar o sonho em realidade”, disse.

A Agroindústria Kolly tem participado de várias feiras de agronegócios nos últimos anos no Estado, sempre de olho nas oportunidades. Instalada em uma pequena propriedade no assentamento Terra Santa, a agroindústria familiar tem 300 coqueiros plantados, mas que ainda não estão produzindo. Por esse motivo são adquiridos cocos secos do interior e a produção cresce a cada dia. Elianete destaca o apoio recebido pela Emater e Semagric que prestaram toda a assessoria para a realização do sonho que se concretizou com o incentivo de crédito  no valor de R$ 200 mil, através do financiamento do Banco da Amazônia.

Na inauguração da agroindústria, o governador Daniel Pereira lembrou que havia retornado de uma extensa agenda no interior do Estado, mas que não poderia deixar de participar do evento, lembrando que sua origem é de família de agricultores e sempre tem buscado incentivo à agricultura familiar estimulando, consequentemente, a geração de renda e melhorias no uso da mão de obrar.

O governador disse que a agroindústria possui um produto que tem condições de ser vendido em grande quantidade no mercado local e também de ser exportado. “Abrimos um viés de negocio muito forte com o Peru. Um processo que a gente compra o que aquele país tem e os peruanos possam comprar também os nossos produtos. Sinto-me honrado em falar desse casal empreendedor que é focado e sonhou com o projeto e colocou a mão na massa. Hoje, o Estado está dando seu apoio, mas entendo que daqui a algum momento o Estado vai ficar pequeno diante do sonho grande que os donos da Agroindústria Kolly têm”, disse Daniel Pereira.

A agroindústria familiar contou com total apoio tanto governo do Estado quanto do governo municipal com objetivo de fomentar o setor produtivo. Os investimentos de crédito rural da linha do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com  o objetivo de estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra familiar.

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