Professora de Jornalismo da UNIR lança segundo livro sobre a Revista O Cruzeiro

A primeira edição de 2003 foi publicada pela UPF: "A Máscara da Modernidade: A mulher na Revista O Cruzeiro (1928-1945)".

UNIR
Publicada em 25 de agosto de 2017 às 14:03

A professora Leoní Serpa, docente do curso de Jornalismo da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Vilhena, está lançando o segundo livro sobre a Revista O Cruzeiro"Modernidade, mulher, imprensa: a revista O Cruzeiro no Brasil de 1928-1945", pela Editora Appris, na Coleção Ciências da Comunicação. A primeira edição de 2003 foi publicada pela UPF: "A Máscara da Modernidade: A mulher na Revista O Cruzeiro (1928-1945)".

O lançamento acontece nesta sexta-feira, 25 de agosto, às 19h, na Livraria Café e Letras, na Galeria Mirage - Centro. Além disso, o livro também será lançado durante o Congresso Nacional da Intercom, que será realizado em Curitiba (PR), na Universidade Positivo, de 4 a 9 de setembro.

Descrição da obra

“Modernidade, Mulher, Imprensa: a revista O Cruzeiro no Brasil de 1928-1945” percorre páginas da história de uma das revistas brasileiras mais lidas por 46 anos de tiragens no País. O semanário alcançou o número de quatro milhões de leitores e deixou legado para a história da imprensa, com a concretização de uma nova forma de fazer jornalismo que valoriza a reportagem e a fotorreportagem, o uso da caricatura, da pintura, da fotografia; inovações não comuns para publicações dos anos de 1930-1940. Na publicidade e na propaganda, criou um cenário que possibilitou ditar modas, normas e até conceitos, numa intencional propagação da modernidade inspirada nos ditames hollywoodianos, e assim pregoava uma modernidade mascarada que substituía a submissão feminina social e doméstica pela doutrina da beleza e do consumo. Pela propaganda enalteceu-se o belo, priorizou-se um comportamento conservador e reforçou-se a ideia de uma nova mulher, agora mais consumista. As capas eram as vitrines pelas quais o sonho de mudança era vendido. A revista divulgou as mulheres brasileiras das camadas mais privilegiadas da sociedade e possibilitou à autora, Leoní Serpa, uma pesquisa histórico-jornalística.

Sobre a pesquisa

Conforme a professora Leoní Serpa, ambos os livros são resultados de um estudo originado no mestrado. Desde então, dezenas de pesquisas vêm sendo elaboradas no País, cujas fontes percorrem as páginas do O Cruzeiro e assim se abastecem dessa pioneira pesquisa.

Segundo a autora, a revista tornou-se um objeto de estudo com sentido histórico, jornalístico e publicitário, assim, a pesquisa procura elucidar pontos da história da mídia brasileira pouco conhecida e até desconsiderada, o que para a professora é mais uma causa para esta nova edição.

A pesquisa que origina o livro também procura entender como Assis Chateaubriand criou o semanário, um dos mais lidos do País, num período de intensa urbanização, que creditava ao Brasil ares de modernidade.

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