Profissionais de Rondônia participam de curso em Portugal para se tornarem multiplicadores da mediação de conflitos nas escolas

O evento é resultado de convênio com o Instituto Brasileiro de Mediação Gestão de Conflitos e Cultura de Paz da Universidade Lusofona do Porto com o Fórum Internacional de Mediadores Profissionais (Fimep), através de suas de representações no Brasil e em Portugal.

Texto: Veronilda Lima Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 01 de março de 2018 às 13:32
Profissionais de Rondônia participam de curso em Portugal para se tornarem multiplicadores da mediação de conflitos nas escolas

Com a proposta de formar multiplicadores para implantação do programa de convivência pacifica nas escolas da rede estadual, com base nas experiências de sucesso da União Europeia, o governo de Rondônia está investindo na capacitação de oito profissionais, todos servidores de carreira do estado, no curso de Mediação Escolar, que acontece desde segunda-feira (26) até o próximo sábado (3), na cidade do Porto, em Portugal. O evento é resultado de convênio com o Instituto Brasileiro de Mediação Gestão de Conflitos e Cultura de Paz da Universidade Lusofona do Porto com o Fórum Internacional de Mediadores Profissionais (Fimep), através de suas de representações no Brasil e em Portugal.

De acordo com o diretor do curso, Helder Risler, presidente do Instituto Brasileiro de Mediação e Gestão de Conflitos e Cultura de Paz (IBMPaz), de Rondônia participam dois psicólogos, dois assistentes sociais e quatro professores do quadro da Secretaria de Estado da Educação (Seduc); que se juntaram a outros profissionais de Brasília, São Paulo e Rio Grande do Norte.

“Após os cursos, os alunos serão multiplicadores para implantação da mediação escolar em toda rede escolar pública”, destacou o presidente do IBMPaz, citando Portugal como exemplo de sucesso com essa política de mediação de conflitos, onde m cinco anos a violência nas escolas caiu cerca de 63%.

Risler, que é um dos professores do curso, explicou que se trata da primeira formação de mediação escolar, mas outros quatro profissionais do estado já participaram em 2014 do curso de mediação policial, na cidade de Vila Real, na Espanha. Já em outubro do ano passado foi realizado o primeiro curso de mediação em Rondônia, com a participação de 150 policiais civis e militares, com ministração de especialistas espanhóis.

A política pública de mediação de conflitos escolares, que tem como base dissertação do mestrado em educação do professor doutor Helder Risler, foi regulamentada no estado pela Lei nº 3.765, de 8 de março de 2016, que cria o Sistema Integral de Mediação Escolar. “Somos o primeiro estado brasileiro a ter esta politica”, observou Helder Risler.

Diagnóstico Participativo das Violências nas Escolas, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e o Ministério da Educação, aponta que 69,7% dos jovens afirmam terem visto algum tipo de agressão dentro da escola. Em 65% dos casos, a violência parte dos próprios alunos; em 15,2%%, dos professores; em 10,6%, de pessoas de fora da escola; em 5,9%, de funcionários; e em 3,3%, de diretores. O tipo de violência mais comum citado pelos alunos é o ciberbullying (28%), que são ameaças, xingamentos e exposições pela internet. Roubos e furtos respondem por 25%; ameaças, 21%; agressões físicas, 13%; violência sexual, 2%. Outros tipos não especificados respondem por 11%.

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