Profissionais de Saúde alertam sobre a importância da vacinação para prevenir a meningite; 11 casos foram registrados em 2018 no Estado
A participação da população no processo de prevenção está no ato de vacinar.
Maria Jouzelle Martins: Informações sobre meningite no âmbito do Estado
O caso confirmado de meningite em Porto Velho no ano de 2018 chamou novamente à atenção para a prevenção da doença, que infelizmente não foi erradicada do País, e pior, faz vítimas a cada ano.
Em Porto Velho a vítima foi uma criança de seis anos, que estudava numa escola da zona norte da cidade e que entrou para a triste estatística de óbitos decorrentes de meningite. Quando o caso veio à tona, profissionais que atuam na saúde tanto no Estado quanto no município de Porto Velho identificaram que nem a criança (vítima) nem seus irmãos receberam a vacina para prevenir a meningite, nos primeiros meses de vida. “O que é preocupante”, desabafa Maria Jouzelle Martins de Santana, coordenadora estadual da Vigilância Epidemiológica da Meningite, na Agencia Estadual de Vigilância em Saúde no estado de Rondônia (Agevisa).
No estado foram 11 casos de meningite no ano de 2018, confirmados por análise laboratorial (cultura), o que corresponde a 54,2% da meta pactuada com o Ministério da Saúde. “O ideal era que não existisse caso nenhum”, continua Jouzelle.
Para falar sobre a doença, seus agravos e discutir a forma mais rápida e eficaz para iniciar o tratamento para combater os casos suspeitos de meningite no Estado, profissionais da Saúde se reuniram, na Escola de Governo, no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, na manhã desta quarta-feira (24), Dia Mundial de Combate e Enfrentamento à meningite. No evento, médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem discutiram entre outros pontos relevantes, os aspectos clínicos da meningite. “Também ressaltamos a importância do diagnóstico, que precisa ser emitido por laboratório. Lembramos a importância do médico, por exemplo, fazer a coleta (*cultura do liquor) e enviar para o Laboratório Central”, destacou Jouzelle.
A participação da população no processo de prevenção está no ato de vacinar. Sobre este tema, Elizete Gomes, coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) palestrou para os colegas sobre a importância da prevenção, tirou dúvidas sobre o calendário de vacina e os tipos de vacina disponíveis para prevenir a meningite. “O município disponibiliza a vacina do tipo C, que é a forma mais comum de meningite no Brasil e no Estado. Este tipo de bactéria correspondeu a 75% dos casos da doença registrados no ano passado”, esclarece Elizete.
Meningite Meningocócica
Onze casos forma registrado em 2018
A meningite é uma doença grave e pode levar à morte em 24 horas. É uma doença infecciosa que provoca a inflamação das membranas que envolvem o cérebro (meninges).
Entre os sintomas da doença estão febre, dor de cabeça intensa, vômito em jato, rigidez na nuca e manchas avermelhadas na pele. Em geral, a transmissão se dá de pessoa por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções nasais e orais.
A vacina, de acordo com Maria Jouzelle, é a melhor forma de prevenção. Atualmente, o sistema público oferece a vacina contra o sorotipo C, indicada para bebês – aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses e adolescentes dos 11 a 14 anos.
* O diagnóstico da meningite é feito através da observação clínica dos sintomas da doença e confirmado por meio de um exame chamado punção lombar, que consiste na retirada de uma pequena quantidade de liquor do canal vertebral.
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