Programa de segurança pública lançado pelo governo propõe enfrentamento conjunto de ações para redução da criminalidade
“Vamos deixar esse projeto entrar em nossa alma, fazer um desarmamento mental e promover o enfrentamento conjunto dos problemas de segurança pública”, disse o governador Confúcio Moura aos colaboradores no lançamento do Rondônia Mais Segura, na tarde desta quinta-feira, 21, no auditório Jerônimo Santana, Palácio Rio Madeira.
A proposta é cooperar, conversar mais um com outro e atuar como um sistema de vasos comunicantes entre os integrantes de cada secretaria. É assim que o governador Confúcio Moura considera ser essencial, para o êxito do programa Rondônia Mais Segura, a execução de pelo menos duas dezenas de projetos alinhavados em 15 componentes de atuação e competências de forma integrada e transversal.
“Vamos deixar esse projeto entrar em nossa alma, fazer um desarmamento mental e promover o enfrentamento conjunto dos problemas de segurança pública”, disse o governador Confúcio Moura aos colaboradores no lançamento do Rondônia Mais Segura, na tarde desta quinta-feira, 21, no auditório Jerônimo Santana, Palácio Rio Madeira.
Confúcio Moura rememorou a origem do programa, “modelo inovador de segurança pública,” lembrando que foi idealizado por Oscar Motomura, fundador e principal executivo do grupo Amana-Key, que mediante consultoria trabalhou a mudança comportamental de agentes públicos do governo estadual.
O governador fez um apelo para que as pessoas cooperem e conversem mais umas com as outras e deixem de perceber a colaboração como uma “ameaça a seu território, seu espaço.”
“Se cada um fizer sua parte, promover de uma forma ou de outra a paz, isso irá diminuir o crime, é muito importante”, destacou Confúcio Moura, aplaudido quando disse que gostaria de daqui a um ano ver o Rondônia Mais Segura premiado da mesma forma como ocorreu nesta quarta-feira (20), em São Paulo, com o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável (PDES) e Infovia, iniciativas que ganharam o primeiro lugar entre seis propostas inovadoras avaliadas pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
A secretária-executiva da Governadoria Cira Moura disse que são 21 os órgãos de governo envolvidos nas ações constantes nos 15 componentes do programa, que movimentam ações e projetos de segurança no transito, na escola, segurança para empreender, segurança para sustentabilidade e segurança na área socioeducativa entre outros.
Segundo Cira Moura, no âmbito do Conselho Estadual de Direitos Humanos surgiu a ideia do projeto Viver Juntos, que objetiva uma construção de cultura da paz e mediação de conflitos. “Ele resgata a ideia de viver juntos em sociedade e na escola. Vemos hoje que os conflitos existem por conta de não se saber viver junto. Nada mais certo do que contribuir para que esse valor primordial de existência seja recuperado; a sociedade perdeu um pouco do sentido do que é viver”, disse.
No componente articulação institucional, a secretária executiva falou da importância do envolvimento dos municípios, por isso uma das soluções constantes nesse item é a Rede de Cooperação e Parceria em Segurança Pública (Recopar), para integrar ao programa atores parceiros, inclusive da iniciativa privada. “É a construção de uma política pública nova, começa com desafios, mas é possível”, observou.
O secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), coronel Lioberto Caetano disse que no Recopar, para fortalecer parceria com prefeituras, será fundamental a atuação da Casa Civil. Segundo ele, de novembro do ano passado até agora houve uma redução de 38% nos homicídios.
Lioberto Caetano disse ser essencial o investimento no Big Data, uma plataforma digital de integração de informações que permitirá ao governo ter maior controle e dados mais corretos sobre a situação do setor, e sobre o monitoramento das ruas das cidades por meio de celulares.
No Rondonia Mais Segura haverá a integração das forças de segurança numa mesma academia, o que irá gerar economia de milhões de reais, segundo Caetano.
Nas fronteiras, o estado de Rondônia contará com a cessão de policiais do Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, medida decidida por ocasião da realização do 6° Pacto Integrador de Segurança Pública, que reúne 22 estados e foi realizado no final de agosto em Porto Velho. “Independentemente do governo federal, policiais desses estados serão cedidos ajudando a resolver o problema de drogas e armas na fronteira. Eles ajudam, mas estamos também ajudando a resolver o consumo de drogas em São Paulo, hoje o maior centro consumidor do país”, disse.
Para o vice-governador Daniel Pereira, o grande desafio é mudar conceitos, e na área da segurança o Brasil tem adotado modelos, citando iniciativas existentes na Paraíba, Espirito Santo e Pernambuco.
“Eu acredito no programa Rondônia Mais Segura e devemos partir do princípio de que não é apenas uma responsabilidade dos profissionais da área. Toda a sociedade tem um papel a cumprir. Quando um pai cuida bem do filho está fazendo segurança pública, quando um professor na creche cuida bem das crianças também está fazendo segurança pública,” considerou.
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