Programa Quelônios da Amazônia: 80 milhões de filhotes em 39 anos
O resultado obtido pelo Programa em 2017 é superado apenas pelo de 2015, quando foram registrados 4 milhões de nascimentos.
Filhotes monitorados durante o período reprodutivo no Tabuleiro de Monte Cristo, Rio Tapajós (PA)
Brasília (20/04/2018) - O Programa Quelônios da Amazônia (PQA), iniciativa de conservação da biodiversidade coordenada pelo Ibama, alcançou em 2018 a marca de 79,4 milhões de filhotes nascidos em razão do manejo realizado por analistas ambientais do Instituto, técnicos de instituições parceiras e comunidades ribeirinhas. O período de desova das espécies protegidas pelo PQA é de agosto a fevereiro.
Em 2017, a proteção e o monitoramento conduzidos pelo Ibama nos principais sítios reprodutivos da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) contribuíram para o nascimento de 3,5 milhões de filhotes, o que representa aumento de 97,5% em relação a 2016. Três estados alcançaram seus melhores resultados históricos: Amazonas, com 1,3 milhão de filhotes; Pará, com 1,1 milhão; e Amapá, com 150 mil. O trabalho conduzido pelo PQA também garante a preservação de tracajás (Podocnemis unifilis) e pitiús (Podocnemis sextuberculata).
O resultado obtido pelo Programa em 2017 é superado apenas pelo de 2015, quando foram registrados 4 milhões de nascimentos.
Criado em 1979 para conter a exploração econômica predatória da tartaruga-da-amazônia no país e reverter o quadro de decréscimo populacional da espécie, o PQA monitora cerca de 50 mil fêmeas em idade reprodutiva em oito estados brasileiros: Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rondônia e Roraima. Técnicos fiscalizam os locais de desova para evitar a caça, abrem uma amostra representativa de ninhos e registram medidas dos animais para avaliar as populações.
“O aumento no número de filhotes em 2017 indica que a redução observada no ano anterior foi revertida. Isso é bastante animador para a equipe”, disse o analista ambiental que coordena o PQA, Roberto Lacava.
Os estoques de quelônios são historicamente ameaçados por fatores como a destruição de habitats, processos predatórios e uso descontrolado. A pesquisa, a proteção e o manejo orientados à conservação têm como objetivo a recuperação populacional das espécies mais representativas da região amazônica.
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