Projeto Asas do Saber, em Porto Velho, reinicia aulas em fevereiro, com 150 vagas para jovens que desistiram de estudar
A partir de 5 de fevereiro, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Professora Lydia Johnson de Macedo, no bairro Costa e Silva em Porto Velho, reinicia as aulas do Projeto Asas do Saber, em tempo integral.
Aulas do projeto começaram em agosto de 2017, na Escola Lydia Johnson
A partir de 5 de fevereiro, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Professora Lydia Johnson de Macedo, no bairro Costa e Silva em Porto Velho, reinicia as aulas do Projeto Asas do Saber, em tempo integral. Há 150 vagas disponíveis para alunos dispostos a concluir o Ensino Médio.
O projeto funciona com 22 professores concursados.
“Preferencialmente, contemplamos alunos com idades entre 15 e 19 anos, mas se ele tiver 20 ou mais também tem lugar garantido”, disse o diretor da escola, Alcir Tavares da Silva.
O protagonismo do jovem e o projeto de vida são dois grandes pilares para estudantes que haviam abandonado a escola. Procurados e cativados por professores e voluntários do projeto, eles voltaram, recebendo ajuda de custo de R$ 200 mensais [por aluno] e oportunidade de aprendizado de disciplinas não convencionais, entre as quais, teatro e arte circense.
Exigem-se os seguintes documentos: cédula de identidade (RG), declaração de escolaridade [histórico escolar], cópia de certidão de nascimento, CPF, comprovante de residência e uma foto 3 x 4. Menor de 18 anos deve apresentar o documento do responsável, que fará a matrícula. Se for beneficiário do Programa Bolsa Família, deve apresentar cópia do documento.
TRANSPORTE
Levantamento da escola revela que o maior número de alunos inicialmente matriculados em 2017 é dos bairros Orgulho do Madeira e Ulysses Guimarães. Eles dispõem de linhas de ônibus de segunda a sexta-feira, das 7h20 às 17h; café da manhã, almoço e lanche à tarde.
Por total desinteresse pelo modelo tradicional de educação e conflitos sociais, alguns deles estavam até seis anos fora da sala de aula.
Um dado alarmante: no País [quadro no final do texto], 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola, um pouco menos da atual população de Rondônia, que passa de 1,78 milhão de habitantes. Os dados são do Banco Mundial.
Ao lançar o projeto, em julho do ano passado, o governador Confúcio Moura demonstrou o quanto esse vazio é preocupante: “Eu vou buscar este aluno, que abandou a escola e está por aí, nas ruas ou em casa, zanzando”.
“DESGARRADOS”
Já este ano, o governador voltou a explicar o objetivo do projeto inovador, ao afirmar que seu objetivo é “trazer para a escola aqueles alunos desgarrados, que saíram da escola, estão desmotivados, meninas que engravidaram, mães solteiras ou qualquer que seja a natureza e a causa da saída da escola”.
O diretor Alcir Silva disse que a condição essencial para a matrícula é a motivação: “A força de vontade e o querer são o primeiro passo”.
Confúcio Moura lembrou que o público do Asas do Saber é constituído por alunos “em busca de uma fantasia, alguma coisa no mundo”. “E nós os queremos na escola para estudar de uma maneira diferente, não aula com giz e quadro negro; é uma aula em grupo, com colegas e cursos de profissionalização”, explicou.
RETRATO DO PAÍS
Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil ocupa posições ruins nos principais rankings de avaliação e há risco de geração perdida.
►16% dos alunos não completam o Ensino Médio e 52% não completam o Ensino Fundamental.
►1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola.
►17% dos jovens de 25 a 34 anos se formam.
►55% dos estudantes são reprovados em leitura e matemática.
GASTOS EM EDUCAÇÃO
O Brasil está quase na média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
►4,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Média dos países da OCDE: 5,2%.
►Ensino Fundamental: US$ 3.800 anuais por aluno. Média da OCDE: US$ 8.700.
►Ensino Superior: US$ 11,7 mil por aluno. Média da OCDE: US$ 16.143.
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