Servidores podem contar com suporte psicológico

Dados da Secretaria Municipal de Administração (Semad) de Porto Velho apontam que a incidência de transtornos psicológicos ampliou durante a pandemia. Dado isso, o município percebeu a necessidade de prestar auxílio profissional aos servidores.

“Há cerca de quatro anos já oferecemos um apoio dentro da Semad, como forma de avaliar o ambiente de trabalho. Porém, um novo modelo foi pensado para o retorno das atividades presenciais pós-pandemia, que foi o Projeto “Re-Tornar" que atendia com foco maior os servidores da Secretaria Municipal de Educação (Semed), por conta da volta às aulas presenciais. Essa demanda aumentou, expandiu para as demais secretarias e hoje atendemos através do Projeto “Re-Significar", explica uma das psicólogas do projeto, Andreza Guerra.

O novo projeto já tem um ano e meio. Atualmente, as secretarias que percebem a necessidade desse atendimento podem fazer a solicitação direto com a Semad. São feitos, então, de 300 a 400 atendimentos por mês.

Lucas Emanuel, gerente do projeto e psicólogo

“Atualmente, nosso planejamento envolve uma das maiores secretarias, que é a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Lá a demanda é grande, temos muitos servidores que atuaram na linha de frente, muitos que perdemos para a covid-19 e isso pode deixar danos quase irreversíveis aos que têm que conviver com essa perda. Esse modelo, esse planejamento, fazemos de acordo com a necessidade de cada secretaria”, conta o gerente do projeto e psicólogo, Lucas Emanuel.

Ansiedade, depressão, estresse e síndrome do pânico são as queixas mais frequentes apresentadas nos trabalhos em grupo e também de forma individual. Uma avaliação é feita e, se for necessário, esses servidores são encaminhados para um atendimento especializado. Há também o planejamento de que esse projeto cresça e sejam feitos novos convênios para beneficiar os servidores.

“A pandemia trouxe muitos problemas à tona, sejam individuais, familiares, no ambiente de trabalho e até a necessidade de aprender a conviver com o luto. Um trabalho como esse é de extrema necessidade até para que a convivência, o relacionamento interpessoal seja melhor com nossos colegas. É um resultado que temos observado de perto, essa melhora, e que deve ser ainda mais otimizado”, finaliza a secretária adjunta da Semad, Ana Cláudia Magalhães.