Queiroz voltou
Queiroz voltou, com um linguajar chulo e uma impensável postura de quem fala como se fizesse parte do governo, tratando de nomeações e de “lapidar a bagunça “ do PSL
Helena Chagas é jornalista, foi ministra da Secom e integra o Jornalistas pela Democracia
"Queiroz voltou, com um linguajar chulo e uma impensável postura de quem fala como se fizesse parte do governo, tratando de nomeações e de 'lapidar a bagunça' do PSL. No conjunto da obra das crises do governo Bolsonaro, pode ser um fator decisivo", constata a jornalista Helena Chagas
Fabrício Queiroz (Foto: Reprodução/SBT)
Fabrício Queiroz não apenas reapareceu, mas parece estar fazendo questão de mostrar isso — ou ele ou alguém interessado em fazer andar as investigações paralisadas desde que o ministro Dias Toffoli suspendeu os inquéritos baseados em informações do Coaf sem autorização judicial. No mundo político, opiniões se dividem em relação aos vazamentos de conversas dos últimos dias veiculados pela Folha de S.Paulo e por O Globo. Aliás, as atenções se concentram no espantoso conteúdo das afirmações de Queiroz, que faz pose de conselheiro presidencial, cacique do PSL e uma ameaça velada ao “chefe” — ninguém está muito preocupado com a suposta ilegalidade das gravações.
A dúvida que amanheceu nesta segunda-feira é sobre quem teria maior interesse na veiculação das conversas: o Ministério Público e outras autoridades de investigação que querem forçar a reabertura do caso ou o próprio Queiroz, que declaradamente se sente abandonado pelo chefe? A única certeza é de que o escândalo primordial do governo Bolsonaro voltou ao primeiro plano, e que o presidente da República, ainda em seu giro pela Ásia e pelo Oriente, terá que enfrentar o assunto.
Queiroz voltou, com um linguajar chulo e uma impensável postura de quem fala como se fizesse parte do governo, tratando de nomeações e de “lapidar a bagunça “ do PSL. No conjunto da obra das crises do governo Bolsonaro, pode ser um fator decisivo.
Fantasmas, rachadinhas, milícias: Queirozgate persegue capitão até nas arábias
Na entrada e saída de suntuosos hotéis, repórteres cercam Bolsonaro nos saguões para falar sobre as últimas do Queiroz, que está dando com a língua nos dentes
Queiroz pode ter se tornado bomba relógio para o governo Bolsonaro
"Resta saber quanto tempo Queiroz ainda aguenta sem proteção"
Entre tantos retrocessos, Bolsonaro traz de volta a antiga e superada tensão com a Argentina
A escalada culminou com a reação incivilizada de Bolsonaro, de censurar a opção soberana do povo argentino e de negar-se a cumprimentar o eleito
Comentários
Está ficando cada vez mais claro, que nosso país está de pá virada! Publicamente, se diz que "a família em primeiro lugar". Mas isso só serve para a família do Rei Leão... E quando se fala "Deus acima de todos", convém lembrar que isso é só balela para enganar os crentes. A bem da verdade, acima de todos estão as milícias. Laureadas com títulos honoríficos há décadas pela família real, as milícias hoje praticamente governam o país.
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook