Rapaz de Rondônia está entre as vítimas de serial killer do MT que exibia ossadas de pessoas assassinadas

Assassino é ex-militar do Exército e já esteve em missão de paz no Haiti.

Fonte: Correio Central Autor: Da redação
Publicada em 15 de maio de 2018 às 10:42
Rapaz de Rondônia está entre as vítimas de serial killer do MT que exibia ossadas de pessoas assassinadas

Na última semana, a Polícia Civil prendeu José Elgy Alves Silva, de 31 anos, apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho em Campo Novo dos Parecis, no Estado de Mato Grosso, e responsável por matar, ao menos, cinco pessoas. Entre as vítimas, uma delas era do município de Vale do Paraíso, cidade da região central de Rondônia, identificada como Ezequiel da Silva Pemper, de 25 anos.

De acordo com a polícia, ao ser preso na última quinta-feira (10), o homem, que é proprietário de borracharia e boate, confessou friamente os crimes e ainda disse que as vítimas imploravam pela vida. Nas redes sociais, ele se exibia em fotos com os corpos das pessoas que matava. 

A polícia apreendeu vídeos que mostram as ações criminosas. As imagens mostram o momento em que ele espanca o rapaz que era de Rondônia antes de executá-lo com tiros na cabeça. 

O corpo de Ezequiel foi localizado no dia 08 de maio em um matagal na área rural do distrito de Marechal Rondon, onde a vítima morava e havia desaparecido desde o dia 1º de abril. No dia 04 de abril, a família comunicou o sumiço dele por meio de mensagens no Facebook.

Para o delegado que conduz o caso, Adil Pinheiro de Paula, o assassino, que também é ex-militar do Exército e já esteve em missão de paz no Haiti, negou fazer parte de organização criminosa e se definiu como “justiceiro” e que só eliminava usuários de droga e bandidos, perfil que não se encaixa com o do jovem de Vale do Paraíso que trabalhava em uma fazenda e costumava ir à cidade uma vez por mês. 

O jovem Ezequiel era filho de um casal de servidores públicos em Vale do Paraíso, interior de Rondônia, e segundo o irmão Edson Pemper informou ao site Correio Central, ele atualmente trabalhava numa fazenda onde fazia manutenção em colheitadeira, manipulação de herbicidas, compras na cidade e auxiliava até na cozinha.

A família ainda não sabe se vai trazer os restos mortais de Ezequiel para Rondônia ou vai enterrar em Mato Grosso. A ossada do rapaz está no Setor de Antropologia Forense da Polícia Técnico-cientíca (Politec) de Cuiabá.

Os restos mortais do jovem, que estavam em Tangará da Serra, foram encaminhados para Cuiabá para serem analisados. “A gente está esperando o delegado de Campo Novo, o doutor Adil Pinheiro de Paula, nos chamar para meu pai ou eu ir lá e retirar o material genético para exames”, disse o irmão.

Segundo o irmão, no dia que desapareceu Ezequiel estava com uma quantia em dinheiro entre R$ 2 mil a R$ 2,5 mil, e também havia comprado um celular Moto G5, que desapareceram. 

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