Redes e polvo terapia auxiliam no desenvolvimento de prematuros na UTI neonatal do Hospital de Base, em Porto Velho

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, trabalha com o método canguru há três anos.

Texto: Eleni Caetano Fotos: Luzenir Maria de Sousa
Publicada em 30 de junho de 2017 às 12:02
Redes e polvo terapia auxiliam no desenvolvimento de prematuros na UTI neonatal do Hospital de Base, em Porto Velho

bebes prematuros precisam de um ambiente que assemelha-se ao uterino

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, trabalha com o método canguru há três anos. Nesse período, vem introduzindo as práticas desenvolvidas pelo método e, há cerca de dois meses, foi introduzida na UTI neonatal as redes, os ninhos (também conhecidos por “rolinhos”) e os polvos terapias nas incubadoras.

Segundo a enfermeira e coordenadora dos serviços de neonatal, Luzenir Maria de Sousa, a implantação desses serviços são fundamentais para os prematuros, pois as redes e os rolinhos assemelha-se com a posição uterina e o polvo terapia com o cordão umbilical, fazendo com que o bebe tenha um maior desenvolvimento com o mínimo de sequelas.

Segundo Luzenir Maria, o recém-nascido de baixo peso precisa dormir muito para se desenvolver e diminuir os riscos. “Na incubadora o bebe fica espalhadinho em um ambiente bem diferente ao que ele estava acostumado no útero da mãe”, disse a enfermeira. A rede, o rolinho e o polvo foram criados para aconchegar o bebe que terá a impressão que ainda está na posição uterina. “Ao ter reflexos, o recém-nascido move as mãozinhas e geralmente agarra os tentáculos do polvo que são feitos de linha de algodão e lembra o cordão umbilical. Isso vai acalmá-lo”, afirmou.

A rede e o ninho vão deixar o bebe ajustadinho dentro da incubadora, é um ambiente aconchegante assemelhando-se ao útero da mãe. Luzenir explica que a UTI Neonatal é um ambiente onde existe barulho das máquinas, os profissionais sempre se movimentando para cuidar e medicar os bebes, e todas essas medidas são para diminuir ao máximo esses ruídos para que os bebes possam dormir e se desenvolver com o mínimo de sequelas possível.

O projeto começou a ser desenvolvido pelos próprios funcionários do setor que estão doando as redes e os ninhos. Os polvos terapias são doações de algumas pessoas da sociedade. “Atualmente sete recém nascidos de baixo peso estão sendo acalentados com esses mimos. Isso fará toda a diferença no futuro deles”, afirmou Luzenir Maria de Sousa. Os bebes quando recebem alta levam para casa a rede, o ninho e o polvo.

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