Resenha Política, por Robson Oliveira

A riqueza produzida no país está concentrada nas mãos de pouquíssimos privilegiados. Os dados macroeconômicos rondonienses também não são nada animadores, com aumento de desemprego e economia achatada

Robson Oliveira
Publicada em 10 de dezembro de 2019 às 16:03
Resenha Política, por Robson Oliveira

IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado segunda-feira (09), coloca o Brasil entre os piores percentuais mundiais, conforme dados anunciados pelo PNUD – Programa das Nações Unidas. A pobreza brasileira ampliou proporcionalmente a diminuição de ricos. A riqueza produzida no país está concentrada nas mãos de pouquíssimos privilegiados. Os dados macroeconômicos rondonienses também não são nada animadores, com aumento de desemprego e economia achatada.

VIOLÊNCIA

Já os índices rondonienses de mortes por causas não naturais estão nas alturas. O índice nacional está em 8,4% e, em Rondônia, o percentual é de 11,74, bem maior que a média brasileira. Rondônia fica da sexta pior posição no ranking da violência com mortes. Os dados são oficiais e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), do Governo Federal.  Jovens de 20 a 24 anos são as principais vítimas desta violência.

DEDADA

Embora todos os políticos tirem uma casquinha política na ENERGISA, em razão das tarifas majoradas que são elevadíssimas, o deputado federal Mauro Nazif (PSB) esteve na reunião da ANEEL, agência que libera aumento das tarifas, e encarou com palavras duras todos os conselheiros. Entre outros adjetivos, tascou os membros de covardes. O destemido Nazif deu de dedo na cara dos membros da ANEEL sem esconder sua indignação, como faz parte dos seus colegas ao tratar do assunto apenas pela via da assessoria. Em razão da sua indignação, a agência reguladora baixou a tarifa.

VEXAME

Ao encarar cada conselheiro com as palavras ásperas, cada um (conselheiro) começou a sair de fininho e esvaziando o plenário numa forma realmente covarde para não explicar ao parlamentar as tarifas de energia elétrica exorbitantes que são cobradas em Rondônia. Uma cena vexaminosa, especialmente porque entre eles há um membro (Efraim Cruz) oriundo do Estado, e indicado para o cargo pela bancada federal na legislatura passada.

PERFIL

Esta coluna já fez críticas ao Mauro quando deixou a boa trajetória no Congresso Nacional para administrar a capital. O retorno dele ao parlamento nacional é a certeza de que os interesses maiores de Rondônia têm uma voz altiva e corajosa. Na atividade legislativa Mauro Nazif revela um perfil bem melhor do que a maioria dos seus pares. No Senado, por exemplo, nossa representação nunca foi tão pífia.

PARADEIRO

Mesmo com taxas econômicas, de violência e desemprego de Rondônia péssimas, não há um parlamentar federal demonstrando preocupação. É como se tudo por aqui andasse às mil maravilhas. O senador Confúcio Moura, ex-governador, desapareceu. Todos os índices ruins são frutos ainda da herança do seu governo e que soube como ninguém maquiar. Depois de eleito senador, Moura optou em submergir e não dá um pio em relação às questões locais. Vez em quando usa da tribuna para “viajar na maionese”, com falas bem distantes da nossa realidade. Aliás, neste quesito, suas viagens, geralmente são com sarro de nossa cara. As funções senatoriais, ao que parece, foram um prêmio para evitar o ócio mais entediante.

LUZ

Os mais críticos vão dizer que Porto Velho precisa de maiores cuidados nas diversas áreas mais que a iluminação natalina. É verdade que as demandas são imensas e necessitam de soluções administrativas urgentes. Isto não diminui a ação municipal em iluminar nossa capital com capricho. Este é o natal mais bem iluminado de Porto Velho. E de gosto igualmente bom.

TREINO

Não há o que contestar sobre a forma relaxada e feia pela qual meu Flamengo jogou contra o Santos. Campeão desde o mês passado, até os adversários haviam se acostumado com as goleadas aplicadas pelo rubro negro na maioria dos times que enfrentou. Domingo passado ocorreu o improvável: o Santos aplicou uma goleada no Mengão. Um jogo que valia para o peixe o vice-campeonato nacional. Para o Mengo, a simples invencibilidade. Um treino de luxo.

ZOAÇÃO

O engraçado são as torcidas dos demais clubes, a exemplo da chatíssima vascaína que transformou o resultado como final de campeonato. Tudo zoação, visto que time espetacular na América do Sul só existe o Flamengo. Não consigo entender zoar um time que é simplesmente perfeito. Ah, entendo, pura inveja!

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