Resenha Política, por Robson Oliveira
A reação contundente do senador Confúcio Moura (MDB) às provocações do governador Marcos Rocha, durante a Rondônia Rural Show, acusando o ex-governador de ter deixado um rombo nas finanças do estado, revela o quanto é lerdo o chefe do executivo estadual quando abre a matraca para falar de política
NEGACIONISMO O negacionismo bolsonarista contra a ciência não está circunscrito apenas às vacinas contra o coronavírus. A negação da vez agora são as pesquisas de intenção de votos que têm dado a fatura no primeiro turno favorável ao ex-presidente Lula. NEGAR É verdade que as pesquisas retratam o momento de quando foram apuradas e mudam conforme as circunstâncias eleitorais. O problema é que as divulgadas até o momento registram um fenômeno antes nunca acontecido em período pré-eleitoral: sete em cada dez eleitores teriam definido em quem votar entre Lula e Bolsonaro. Portanto, não restariam muitas alternativas aos bolsominions senão negar, negar e negar as pesquisas para desacreditá-las e, em seguida, as urnas eletrônicas. JUSTIFICATIVAS A cada pesquisa divulgada a reação de indignação é a mesma, embora nenhum instituto tenha detectado Bolsonaro ultrapassando Lula. Demonizam as pesquisas sob a justificativa de que por onde Bolsonaro passa parte da população comparece para abraçá-lo. Além do número enorme de motos nas famosas “motociatas”. Alegam também que Lula não consegue fazer um evento público por suposto medo de reação negativa da população. Ambas justificativas não estão sendo detectadas pelas pesquisas, razão pela qual a saída que resta é negar. DECISÃO Política é como nuvem, já profetizava o ex-senador mineiro Magalhães Pinto. Mesmo com um quadro estável e bem favorável ao candidato petista Luís Inácio da Silva, ainda teremos um caminho longo e bem conturbado a enfrentar até outubro. A parada não está decidida antecipadamente, mas não havendo nada de extraordinário nos próximos sessenta dias e se o quadro se mantiver da mesma forma será a primeira vez em nossa história política recente que a decisão eleitoral é tomada antes da apuração. Isto na hipótese de a nuvem não mudar de lugar até lá. LOROTA Não há a mínima hipótese, segundo o ex-senador Expedito Junior, da esposa Val Ferreira ser candidata a vice-governadora ou outro cargo qualquer nestas eleições. Segundo JR, a própria Val Ferreira desestimula qualquer especulação sobre candidatura porque estará empenhada em reeleger o filho, deputado federal Expedito Neto, para mais um mandato. É lorota a especulação. RETORNO Apesar dos apelos para que retorne à disputa nestas eleições à vaga senatorial, o ex-senador Valdir Raupp ainda avalia as probabilidades eleitorais e pode sim aceitar disputar uma vaga na Câmara Federal. Quanto ao Senado Federal, ele próprio falou à coluna que fica provavelmente para a próxima eleição. Com a carreira política fulminada nas eleições passadas devido às imputações da lavajatismo, agora absolvido, muitos prefeitos torcem para a volta do senador que fazia do seu gabinete em Brasília uma extensão dos interesses municipalistas de Rondônia. REAÇÃO A reação contundente do senador Confúcio Moura (MDB) às provocações do governador Marcos Rocha, durante a Rondônia Rural Show, acusando o ex-governador de ter deixado um rombo nas finanças do estado, revela o quanto é lerdo o chefe do executivo estadual quando abre a matraca para falar de política. DESMENTIDO Isolado no próprio palácio muito antes da epidemia, Marcos Rocha resolveu percorrer o trecho em busca de mais um mandato e estreou improvisando palavras ríspidas contra seu ex-patrão. Chamado de ingrato, blefador e incompetente pelo ex-chefe (Rocha foi auxiliar de Confúcio), o governador bateu pino e desdisse o que efetivamente disse ao isentar Confúcio Moura do suposto rombo nas finanças estaduais. Em entrevista a uma emissora de TV local, o governador negou que a crítica tenha sido endereçada a Confúcio Moura e esclareceu que era para Daniel Pereira, também ex-governador. PROVÉRBIO Daniel Pereira, assim como Confúcio Moura, negou que tenha deixado uma herança orçamentária maldita para o novo governador Marcos Rocha. Em nota, que inicia com o provérbio: “Conheceis a verdade, e a verdade vos libertará”, explicou que: “Quando da realização do segundo turno das eleições para governador, por manifestas disposições legais, a proposta orçamentária para o ano 2019 já se encontrava na Assembleia Legislativa para discussão e votação’. PROVÉRBIO II Continuou a nota com uma acusação grave: “Imediato às eleições, foi disponibilizada abertura total para os ajustes que o novo governador achasse necessário na proposta orçamentária de 2019, no que ele nunca demonstrou o menor interesse; além do desinteresse quanto ao orçamento de 2019, somente veio nomear seus secretários no dia 04 de janeiro de 2019, deixando acéfala a administração estadual por três dias”, reagiu Daniel Pereira. A campanha nem bem começou e o governador cutuca com vara curta quem já esteve ao lado. E os ensinamentos de Galileu ao caso caem como luva: ‘duas verdades nunca podem se contradizer’. A estreia do governador no improviso da reeleição, como vimos, foi um horror. Melhor voltar ao isolamento. E a verdade salvará... INTROMETIDO Embora Marcos Rocha tenha minimizado as críticas ao senador Confúcio Moura, o ex-secretário de educação e candidato a candidato a deputado estadual, Suamy Vivecananda, resolveu se intrometer na contenda e baixou o verbo contra o governo do senador Confúcio Moura. Não economizou nem no verbo e nem nos adjetivos. Uma intromissão que tende a afastar de vez o MDB de uma possível união com candidatura à reeleição de Marcos Rocha. O senador que não é otário e é mestre em política, ignorou o puxa saco do governador e deu de ombros aos impropérios. DENÚNCIA E por falar em Suamy Vivecananda, a coluna recebeu algumas denúncias de que o pré-candidato estaria utilizando a estrutura da secretaria estadual de educação, onde respondeu como secretário por três anos, para supostamente divulgar suas propostas de campanha sob a manobra de palestras. A coluna conseguiu comprovar que as palestras ocorreram nas dependências das escolas, embora elas (palestras) em si não sejam vedadas, mas é bom ficar de olho se a secretaria convocará outros palestrantes pré-candidatos para falar sobre educação, ou se o privilégio é somente para o ex-secretário. PERDA É uma perda política para o estado de Rondônia a desistência do ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, em disputar uma vaga no Congresso Nacional. Trata-se de um político íntegro, moderno, inteligente e capaz de fazer um belo trabalho no Congresso Nacional. Em razão da desistência este cabeça chata ficou sem uma boa opção para a Câmara Federal. Restará passar o que sobrou na peneira para verificar o que se aproveita, visto que não votamos em branco nem nulo. ORDEM É uma vergonha o aumento de mais de 15% nos planos de saúde autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Coube ao deputado federal Léo Moraes (Podemos) apresentar um decreto legislativo na Câmara Federal para conter o ímpeto da majoração dos planos de saúde. Não fosse o parlamentar, o que já é caro para as famílias ficaria mais caro. É de longe o melhor e mais resolutivo parlamentar representante rondoniense no Congresso Nacional. Está preparado para voos ainda maiores. |
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