A Reserva Biológica (Rebio) do Jaru, unidade de conservação (UC) gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Rondônia, fez a primeira coleta de borboletas frugívoras (que se alimentam de frutos) neste ano no âmbito do Programa de Monitoramento In Situ da Biodiversidade.

A coleta foi realizada nas três unidades amostrais do programa implantadas no interior da UC, em uma área de referência no rio Tarumã. Em cada unidade foram implantadas quatro subunidades com quatro armadilhas cada. Foram capturadas, ao todo, 154 espécimes de sete tribos diferentes.

A expedição de campo ocorreu entre os dias 10 e 19 de abril. Participaram João Paulo de Oliveira Gomes, analista ambiental da Rebio, José Felipe da Silva e Milton de Almeida, técnicos ambientais da unidade, e oito prestadores de serviço contratados com recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

Na oportunidade, foi realizada também a limpeza das três trilhas de mamíferos e aves que serão utilizadas para amostragem, pelo método de transecção linear, dos mamíferos de médio e grande porte diurnos e das aves cinergéticas (que são alvos de caça).

Com resultado do programa, os gestores esperam que o monitoramento in situ da biodiversidade na Rebio Jaru produza dados capazes de refletir o panorama de conservação encontrado na UC, dando indicações sobre os impactos incidentes na biota, provenientes tanto de ameaças humanas diretas, como resultantes de dinâmicas climáticas complexas de longo prazo. 

"Esses indicadores vão servir como fonte de informações para subsidiar a gestão da unidade nas tomadas de decisão e na definição de ações voltadas a conservação dos ambientes e dos recursos naturais", disse João Paulo de Oliveira Gomes, chefe substituto da Reserva Biológica do Jaru.