Reservas Rio Preto Cautário e Jacundá são abordadas no painel sobre Financiamento Climático da COP-27

O governador Marcos Rocha pontuou que Rondônia é um estado forte, com presença de grandes empresas e enfoque no agronegócio, que ajuda a sustentar o mundo

Assessoria
Publicada em 14 de novembro de 2022 às 18:31
Reservas Rio Preto Cautário e Jacundá são abordadas no painel sobre Financiamento Climático da COP-27

A importância da Amazônia brasileira na regulação do clima mundial e sua vinculação à realidade socioeconômica da região, aponta para a cooperação internacional do financiamento climático em ações relacionadas à manutenção da floresta em pé. Na defesa desta assertiva, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, falou nesta segunda-feira (14), sobre ações estaduais de combate ao desmatamento e de manutenção das Reservas Extrativistas de Rio Preto Cautário e Rio Jacundá. O painel foi transmitido ao vivo pelo canal do Consórcio Amazônia Legal, no YouTube e recebeu mais 4 governadores da região amazônica e representantes de instituições de proteção ao meio ambiente.

O governador Marcos Rocha pontuou que Rondônia é um estado forte, com presença de grandes empresas e enfoque no agronegócio, que ajuda a sustentar o mundo. “O alimento de Rondônia, assim como dos demais estados vão para vários lugares do mundo e do Brasil”, disse. Ele afirmou que o Estado tem objetivo específico de preservar o meio ambiente e conclamou as nações que recebem o benefício da natureza intacta, de poderem lembrar, também, dos povos que habitam naquelas terras.

Os maiores exemplos de cuidados, nos quais Rondônia está alinhada com objetivos mundiais de preservação são as reservas do Rio Preto Cautário e a do Rio Jacundá. Nos projetos, a população local trabalha com a preservação e é remunerada. “Nessas reservas, as pessoas que moram ali estavam esquecidas, hoje trabalham em parceria, com renda que vem de empresas de fora, e ajudam na proteção do meio ambiente”, ressaltou Marcos Rocha. 

A tônica do painel foi que as localidades que atualmente preservam, ficam sem uma remuneração adequada. Em analogia, os países que esgotaram todos os seus recursos ambientais e possuem riquezas por isso, condenam outros países, mantendo-os sem desmatamento. Para tanto a sugestão é de que se custeie o desenvolvimento das localidades que preservam as florestas amazônicas.

O protagonismo dos atores envolvidos com os cuidados da Amazônia foi abordado pelo diretor do NICFI (Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega), Andrea Jorgensen.  “O trabalho de vocês é muito importante, dando meios de vida e oportunidades econômicas para criar um estado de direito na Amazônia”, acrescentou. O diretor se mostrou esperançoso de que nos próximos anos o Brasil avance na Bioeconomia e redução do desmatamento.

Também estiveram presentes os governadores Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT) e Wanderlei Barbosa (TO), além de Andreas Dahi Jorgensen, Diretor do NICFI/Noruega; Heike Henn, Diretor de Clima, Floresta e Meio Ambiente da BMZ-Alemanha; Kate Hugues, Diretora de finanças Climáticas Internacionais do BEIS/Reino Unido; Felice Zaccheo, Chefe da Unidade “México, América Central, Caribe e Operações Regionais2”, Diretor-Geral das Parcerias Internacionais (DG INTPA)/Comissão Europeia; Sílvia Ruks, Coordenadora Residente da ONU Izabela Teixeira, Co-Presidente do Painel Internacional de Recursos do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas; Susan Gardner, Diretora de Ecossistemas do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas. O painel foi mediado por Rosa Lemos, Secretária Executiva do Fundo Brasileira para a Biodiversidade/FUNBIO.

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