Rondônia, a Meca do atraso

Aqui nada dá certo por mais que se tente.

Professor Nazareno*
Publicada em 18 de março de 2019 às 09:06
Rondônia, a Meca do atraso

Rondônia é o suprassumo da bosta. Dentre as 27 unidades da federação, é talvez a pior delas. Longe e muito distante dos grandes centros civilizados do mundo, o jovem Estado já devia ter sido anexado pela Bolívia há muito tempo. Aqui nada dá certo por mais que se tente. Sua inusitada, suja e fedorenta capital é uma curva de rio sem a menor qualidade de vida. Os políticos daqui estão entre os mais desonestos do país, embora sejam aclamados como heróis pela incauta e desinformada população. Rondônia é um destes lugarzinhos sem eira nem beira para onde só vem quem tem negócios ou tem a infelicidade de ter parentes morando aqui. As raras passagens de avião são as mais caras e cada vez mais os poucos voos ainda disponíveis para a “capital das sentinelas avançadas” são cancelados. O Estado é conhecido como a latrina do Brasil.

Aqui não há universidade estadual, não existe banco do Estado e o único que possuía já foi extinto, os seus ativos financeiros “doados” à elite política e a outros “empresários” e por isso o povo paga mensalmente uma “dívida eterna” à União. O lugar é tão miserável que mesmo possuindo três hidrelétricas, deve ter uma das mais altas taxas de energia elétrica do país. Tinha a Ceron, Centrais Elétricas de Rondônia, a tosca concessionária de energia elétrica, que foi vendida a preço de banana para uma tal Energisa de Minas Gerais, que junto com a Aneel empurrou goela abaixo dos otários consumidores locais um reajuste superior a 25 por cento. Na época, somente meia dúzia de políticos espertalhões se disse preocupados com o roubo. Agora, consumado o assalto, todos “colocaram sua viola no saco” e a Energisa ri à toa da cara dos lesados.

A capital dos “destemidos pioneiros” tem um hospital de Pronto Socorro. É um “açougue” imundo, caindo aos pedaços e sem a menor infraestrutura para onde só vai basicamente quem é pobre. É um “campo de extermínio de miseráveis”. O “velho açougue” tem desafiado um a um os governantes que assumem o poder neste “cu do mundo”. Lá os “problemas macro sempre predominam sobre os problemas micro”. Enquanto isso, sua paupérrima clientela de banguelas e despossuídos morre pelo chão feito inseto. Mas a cidade, por incrível que pareça, até que possui prédios suntuosos e caros que são verdadeiros palácios de ouro e que abrigam as várias instâncias da Justiça, os fóruns, os Ministérios Públicos e também os barnabés a serviço do Estado. Lugar infame e escroto, em Rondônia professor é proibido de merendar junto aos seus alunos.

Futebol de verdade não há. Só alguns times de nomes engraçados e das últimas divisões. Mas o Carnaval rondoniense é um dos melhores. Uma conhecida banda chega a colocar mais de cem mil pessoas nas ruas. Foi recentemente declarada não se sabe ainda o porquê como “patrimônio cultural” da cidade, embora sua maior contribuição seja somente gerar muitas toneladas de lixo, entulhos e seboseira por onde passa. O prefeito da capital, bem intencionado, colocou algumas flores para enfeitar uma das sujas ruas. Roubaram tudo e ainda quebraram os vasos. O brasileiro comum é um perfeito idiota. O rondoniense também. De política nada entende. E por isso não só ajudou a eleger o “Mito” como ainda defende as barbaridades ditas pelo arremedo de presidente. O Estado é a casa dos comissionados e do nepotismo. Por aqui ainda não choveu merda, mas Porto Velho é a única capital onde se improvisa transporte coletivo.

  *É Professor em Porto Velho.

Comentários

  • 1
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    Pedro Paulo 19/03/2019

    Pedro Paulo, meu nobre, baseado em que você afirma uma informação dessas, evidente que é apenas baseado na sua inveja e ódio do povo de Rondônia, não podemos fazer nada se você e esse "Professor" não sabem viver e tem raiva da vida, percebe-se que não é o lugar mas sim Ele que não sabe ser gente. Acredito que se ele morasse nos quintos dos infernos lá ele arrumaria treta com o Diabo. O povo de Rondônia tem sabedoria e inteligência sim.... aceite que doí menos.

  • 2
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    Chico Bento 19/03/2019

    O professor está somente falando a verdade, as vezes ela dói, e dói muito mas é preciso dizê-la. Quanto a linguagem aplicada no texto está corretíssima, pois se utilizado a coloquial poucos ou ninguém entenderia, afinal estamos em um estado habitado infelizmente de um povo de baixo intelecto. Dá-lhe professor!!!!!!!!!!!!

  • 3
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    Pedro Paulo 18/03/2019

    Mais um texto cheio de ódio do Esquizôfrenico que é infeliz..... kkkkkkkkkkkkkkk

  • 4
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    Carlos Henrique de Jesus Lobato de Souza 18/03/2019

    Parece incrível,difícil de acreditar que palavras de baixo calão são proferidas por uma pessoa que diz que é professor.Porto Velho está longe de ser um paraíso,mas talvez não seja um lugar para este senhor."Professor ,volte para o lugar de onde veio.Talvez lá o senhor consiga um emprego "melhor".Em vez de criticar e falar besteiras, dê sugestões,faça algo positivo em prol de nossa cidade e do seu povo.Não aguento mais sua falta de gratidão com nossa terra.Não tenho procuração de ninguém ,mas como usuário do SUS ,quero testemunhar que já fui atendido algumas vezes no JP II e lhe asseguro que fui bem atendido.Lá tem profissionais da saúde 24 horas por dia(vai numa hospital particular depois das 22 horas),são servidas 6 refeições diárias(em casa no máximo faço 03) e limpeza constante.Ném tudo são flores,mas ném por isso vou desqualificar os trabalhos desenvolvidos por nossos profissionais heróis.

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