Rondônia busca a fama

O que farão agora para se chegar à glória?

Professor Nazareno*
Publicada em 05 de novembro de 2019 às 08:46
Rondônia busca a fama

O Estado de Rondônia é um desses lugares toscos e longínquos que muita gente pelo Brasil afora crê não existir. Mas infelizmente existe e para desespero de muitos moradores é um dos piores lugares do mundo. Tem somente 52 cidades instaladas e é cada uma pior do que a outra. Sua população é inferior a 1,8 milhão de habitantes espalhados numa área territorial equivalente à do Reino Unido. A capital Porto Velho detém há anos o horroroso título de “a pior dentre as capitais do Brasil” para se viver. Não tem água tratada e não tem árvores, embora se situe em plena Amazônia brasileira. A cidade é suja, fedorenta, desarrumada, violenta e quase inabitável, pois não possui rede de esgotos. Em vão, muitos de seus moradores buscam incessantemente algum fato, alguma coisa que lhe dê sentido e que passe a ideia de que o lugar é bom e famoso.

O nome Rondônia é uma homenagem a um forasteiro: o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, um mato-grossense que sequer foi enterrado no Estado que dá o nome. Nada aqui dá certo por mais que se tente. O Estado é uma espécie de latrina do Brasil para onde só vem quem tem negócios ou teve a infelicidade de ter parentes morando por aqui. Neste ano de 2019, envergonhou o mundo civilizado quando foi palco de queimadas apocalípticas. De Calama, na divisa com o Amazonas até Vilhena, no extremo sul, a fumaça deu o tom no último verão. Rondônia é filha direta das queimadas, da devastação ambiental e da agressão à natureza. Caos total: o lugar vive só de ciclos. E cada um também pior que o outro. O último foi o das hidrelétricas. Mas já teve o ciclo do ouro, o da borracha e o da transformação do território em Estado...

Rondônia é uma vergonha para o Brasil, que também já é outra vergonha descomunal. Aqui nem as operações policiais dão certo. Tivemos duas ultimamente. Em 2013, foi desencadeada a Operação Apocalipse, um vexame sem tamanho, já que algumas prisões foram feitas de forma equivocada. Mais recentemente tivemos a Operação Pau Oco que, segundo alguns comentários, foi um dos maiores fiascos já patrocinado por um Estado. Os “grampos” que estão sendo publicados na mídia envergonham não só os rondonienses, mas o Brasil inteiro. Rondônia teve uma banda de rock de nome esquisito e forâneo que a Globo disse fazer sucesso. A referida banda teve somente uma música de sucesso e desapareceu das paradas. Futebol praticamente não existe no Estado. Só alguns times que participam da série “Z” e depois também somem.

Sem nenhuma fama e procurando qualquer coisa para aparecer pelo menos em nível nacional, os rondonienses elegeram outro dia uma jornalista local como heroína por que a mesma ao apresentar o Jornal Nacional da Globo, no rodízio que a emissora faz semanalmente no país inteiro, disse que não se podia confundir Rondônia com Roraima. Foi a senha para que a mesma quase tivesse sido indicada a ganhar um prêmio Nobel por este “grande feito”. Agora, a busca da fama a qualquer preço recai sobre um  professor local que teve uma de suas questões colocada na última prova do Enem. Não se fala mais em outra coisa. Parece até aquela música da “caneta azul”. Não sei como os rondonienses não indicaram o seu ex-governador como o maior responsável pelos bolsonaros governarem o país pelas redes sociais. Afinal, Confúcio Moura governou o Estado por oito anos usando apenas um blog. O que farão agora para se chegar à glória?

*É Professor em Porto Velho.

Comentários

  • 1
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    Paulo 06/11/2019

    Esse tal "professor" só escreve asneiras e sem nexo. Poupe os leitores.

  • 2
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    Erasmo Bandeira 06/11/2019

    O palhaço se você tem tanta vergonha deste estado some daqui seu lixo. O velho e muito menos Rondônia não é lugar para pessoas como você..

  • 3
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    Erasmo Bandeira 06/11/2019

    O palhaço se você tem tanta vergonha deste estado some daqui seu lixo. O velho e muito menos Rondônia não é lugar para pessoas como você..

  • 4
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    Milene 06/11/2019

    Após a leitura e análise do texto, percebi que o autor trata-se de uma pessoa frustrada, sem noção e desinformada.

  • 5
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    PATRICIA 05/11/2019

    Já descobri pq o vc professor LAZARENTO, fala tão mal de Rondônia, é inveja e falta de ter o que fazer, não se projeta em nada, não consegue colocar uma questão na prova do ENEN, PQ É UM PESSÍMO PROFISSIONAL, AZEDO, ACIDO, NEM PRA COMPARAR A RONDÔNIA PRESTA, QUER TER FAMA, POR FALAR HORRORES E NINGUEM FAZER NADA, é um professorzinho de quinta, que usa tudo de ruim que tem dentro de si, pra vomitar no jornal tudo rondônia, que lhe deu uma coluna sabe-se Deus pq? Triste vê-los dando voz a um individuo desse nível.

  • 6
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    Fernando Pereira 05/11/2019

    O nobre professor tem uma mentalidade muito curta, apesar dos títulos acadêmicos que possui. Não sei se de propósito ou por estar engado por sua mentalidade, elencou apenas fatos negativos e criou um senso comum equivocado através do que os recortes lhe permitiram fazer. Na condição de rondoniense, convido o nobre a que se despeça de Rondônia e vá para um estado que, segundo suas conveniência, lhe seja melhor. Se ainda estais por aqui, deve ser porque algo de bom o retém. Deixe de hipocrisia. Aproveite melhor o espaço que possuis na coluna deste noticioso online.

  • 7
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    Maria 05/11/2019

    Caro Professor pois eu lhe digo: Rondônia é um estado rico e próspero e bom de viver...

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