RONDÔNIA SE DESTACA EM NÍVEL NACIONAL NO PLENO EMPREGO, MAS METADE DOS TRABALHADORES ESTÁ NA INFORMALIDADE

Mas, nos prós e contras, estamos bem no quesito desemprego. O índice nacional, agora, é de 8,7 por cento, o menor em duas décadas

Sérgio Pires
Publicada em 17 de novembro de 2022 às 20:37
RONDÔNIA SE DESTACA EM NÍVEL NACIONAL NO PLENO EMPREGO, MAS METADE DOS TRABALHADORES ESTÁ NA INFORMALIDADE

A força de trabalho de Rondônia tem hoje 855 mil pessoas. Há, contudo, um detalhe preocupante: quase a metade, ou 409 mil trabalhadores, o são do chamado mundo informal. Embora a infernal linguagem do politicamente correto tenha trocado a expressão desemprego por “desocupação”, a verdade é que a essência não muda. Levantamento do IBGE, aponta que Rondônia é o Estado brasileiro com o menor índice de desemprego do país. Perdemos apenas para a rica Santa Catarina e o campeão do agronegócio, o Mato Grosso do Sul. Os dados se referem ao último trimestre. Pelos números levantados, Rondônia registrou a tal “taxa de desocupação” de 3,9 por cento, ficando como a terceira menor do país, empatada com os catarinenses e dos sul mato-grossenses, ambos com 3,8 por cento. Dois segmentos se destacaram, na economia do Estado: o setor de comércio e o de serviços, principalmente na reparação de veículos. Juntos, os dois setores abrigam 193 mil empregados, representando 22,6 por cento dos trabalhadores. Este número, de forma muito destacada, cresceu nada menos do que 15 por cento sobre o segundo semestre deste ano, quando ambos tinham 168 mil registrados. No pacote de empregos formais, o agronegócio vem logo atrás, com um total de 170 mil trabalhadores, o que representa 19,9 por cento do total. O terceiro segmento que mais emprega no Estado é o da administração pública (órgãos federais, estaduais e municipais), com nada menos do que 134 mil rondonienses ou 15,7 por cento de toda a força de trabalho, dependendo diretamente do contra-cheque.

Há outro ponto dos mais importantes: o salto do empreendedorismo. Cresceu significativamente o número dos que trabalham por conta própria entre o terceiro trimestre de 2021, sobre o mesmo período deste ano. Eram 254 mil no ano passado e agora são 320 mil, numa ampliação de 25,8 por cento. Desse total, apenas 17,5 por cento têm CNPJ. Os demais estão na informalidade. Considerando todas as posições na ocupação dos empregos, temos hoje 855 mil rondonienses trabalhando no terceiro trimestre de 2022. Destes, 409 mil ou (47,8 por cento) eram trabalhadores informais: empregados sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar. Há, ainda, um dado muito preocupante: embora tenha caído de um ano para o outro, ou seja, de 2021 para 2022, há ainda 11 mil rondonienses que desistiram de procurar trabalho. No ano passado eram 24 mil e caiu bem mais que a metade, embora, ainda assim, 11 mil sem esperança de começar a trabalhar seja um número exagerado. Mas, nos prós e contras, estamos bem no quesito desemprego. O índice nacional, agora, é de 8,7 por cento, o menor em duas décadas.

FÁTIMA CLEIDE É A PETISTA DE RONDÔNIA CHAMADA PARA A EQUIPE DE TRANSIÇÃO DO GOVERNO LULA

Não deu outra. A ex-senadora Fátima Cleide, que concorreu à Câmara Federal no mês passado e obteve mais de 28 mil votos, está na equipe de transição do futuro governo do presidente Lula. Ela foi confirmada como a primeira rondoniense a compor o time de, até agora, mais de 250 personalidades convidadas/convocadas para a missão. Fátima vai fazer parte do time que tratará dos projetos de Educação no novo governo brasileiro. Fátima, aliás, é professora e, até hoje, um dos poucos nomes petistas que sobreviveram num Estado onde o conservadorismo é ampla maioria. Na eleição presidencial de 30 de outubro, por exemplo, Bolsonaro teve quase 70 por cento dos votos. Outro rondoniense que está muito próximo à equipe de transição é o senador Confúcio Moura, que está apoiando Lula desde o segundo turno, mas que ainda não foi convocado oficialmente para a composição do time que prepara o futuro governo. Em breve, certamente outro representante da esquerda do nosso Estado, o ex-governador Daniel Pereira, também pode ser chamado para a transição.

GOVERNADOR SE REÚNE COM MINISTRO DO MEIO AMBIENTE E DESTACA IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA VERDE

O governador Marcos Rocha continua sua série de contatos com autoridades e empresários de vários países, cujos interesses comerciais possam ter a ver com investimentos numa Amazônia em desenvolvimento, mas sempre preocupada com as questões ambientais. Nesta semana, Rocha esteve no stand do Brasil na COP 27, no Egito, quando reuniu-se com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Segundo o Governador rondoniense publicou em suas redes sociais, “debatemos causas importantes para o meio ambiente, porém, nunca esquecendo das atividades executadas por nossos produtores”. Rocha lembrou que Rondônia tem sido reconhecida pelo que chamou de “produção responsável”. O Governador destacou que este quesito, aliás, tem merecido o reconhecimento também do ministro Joaquim Leite, o que, para Rocha, “demonstra que estamos no caminho certo”. O governador de Rondônia concluiu suas informações nas redes sociais afirmando que “agradeço o apoio do governo federal neste grande avanço, na certeza de que daremos continuidade a esse grande avanço, contribuindo com a economia verde”. Rocha já fechou acordos,  entre outros, durante sua estada em Israel, com empresa internacional especializada em mobilidade urbana (a Waze) e com instituto que ajuda na produção do cacau com maior qualidade e menor custo.

JOÃOZINHO GONÇALVES, O PREFEITO QUE TRANSFORMOU JARU, QUER VOLTAR ÀS SUAS EMPRESAS, DEPOIS DO MANDATO

Passada a eleição, políticos importantes do Estado começam a pensar no futuro. Projetar seus próximos passos, preparar a próxima campanha, começar a montagem de um projeto político já são tarefas de muitas lideranças do Estado. Há, contudo, exceções. Uma das maiores lideranças do interior rondoniense, o reeleito prefeito Joãozinho Gonçalves, que tem feito uma administração das mais competentes na sua Jaru, não está preocupado com a política e a próxima eleição. Questionado por este Blog, o jovem prefeito, uma das lideranças não só da atualidade, mas também com futuro dos mais promissores, garante que sua principal meta para os próximos dois anos é concluir seu mandato na Prefeitura, realizando o melhor trabalho possível para sua comunidade e, depois, retornar às suas atividades empresariais, como um dos diretores do Grupo Gonçalves. Ele diz que, agora, quer se manter no grupo político liderado pelo governador reeleito Marcos Rocha, mantendo uma parceria vencedora. Não está pensando em concorrer a nenhum cargo e não disse se aceitaria algum cargo no atual governo, caso convidado. Apenas quer deixar seu nome na história de Jaru, cidade que ele ajudou a transformar, com a ajuda de Rocha e outros parceiros importantes, como o deputado federal Lúcio Mosquini. Enfim, vamos ver o que o futuro reserva para o jovem e competente Prefeito. 

ROCHA DEVE MANTER ÉDER FERNANDES NO DER. ASFALTAR RODOVIAS É UMA DAS METAS PRINCIPAIS DO ÓRGÃO

Mais um nome está entre os considerados do primeiro time para o segundo mandato do governador Marcos Rocha, é um rosto que só agora está sendo mais conhecido dos rondonienses.  Mesmo estando no governo desde o primeiro dia de 2019, o tenente-coronel Éder André Fernandes pouco apareceu para o público. Durante três anos e meio, atuou como diretor geral adjunto do DER, o mais importante órgão estadual para cuidados, preservação e melhorias das rodovias. Quando o titular Elias Rezende deixou o posto para disputar uma cadeira à Câmara Federal, Éder, pessoa de confiança do Governador e do próprio Elias, foi mantido no comando do órgão. Passada a disputa nas urnas, quando o ex-diretor geral do DER ficou na suplência (teve 11.334 votos), ele iptou por não retornar à mesma função. Certamente terá outras missões importantes no governo Rocha, já que é uma das pessoas mais próximas ao chefe do poder, há muitos anos, mas essa aproximação cresceu muito na campanha de 2018. Éder, catarinense que, além de oficial da PM é formado em Direito, é a opção para permanecer na função. Quando efetivado oficialmente no posto, deve anunciar suas prioridades para o período de 2022-2026: ampliar os programas de asfaltamento nas rodovias estaduais; trocar todas as pontes de madeira por novas, de concreto e aço e, entre várias outras metas, manter parceria com os 52 municípios rondonienses na questão da infraestrutura urbana.   

ALGUM DEPUTADO ELEITO PODERIA ASSUMIR SECRETARIA NO GOVERNO? ATÉ AGORA, NÃO HÁ INDÍCIO REAL DISSO

Por falar em suplentes, haveria algum projeto para que algum dos deputados federais eleitos pela base governista, para a Câmara Federal, pudesse eventualmente compor o secretariado, abrindo vaga para um ou mais suplentes? Neste momento, essa possibilidade está perto do zero, mas que não ignore que ela pode ser aventada um pouco mais tarde. Dos parlamentares eleitos, Fernando Máximo, Lúcio Mosquini, Maurício Carvalho, Thiago Flores, Cristiane Lopes e José Eurípedes Lebrão são da base aliada. Os dois do PL (Silvia Cristina e Coronel Chrisóstomo), certamente, ao menos no início do segundo mandato de ambos, ficarão na oposição. Há ainda o caso de Lebrão, sua eleição está sendo contestada na Justiça Eleitoral pelo primeiro suplente, Luiz Cláudio da Agricultura, que seria mais um nome do PL, mas essa questão pode ir ainda muito longe. Dias atrás, se chegou a ouvir, nos bastidores, que a atual secretária adjunta da Educação, a deputada eleita Cristiane Lopes poderia ser convidada, mas ela nega não só o convite, como qualquer possibilidade, a curto e médio prazos, de não assumir a cadeira que conquistou, com muito trabalho e dedicação, no Congresso Nacional. A questão é que se ouve também que poderia haver um esforço, no andar da carruagem, para que o suplente Elias Rezende possa eventualmente assumir. Tudo, claro, sem qualquer confirmação de ninguém, muito menos do grupo palaciano, extremamente cuidadoso com estas questões da política.

PF, ASSÍDUA EM RONDÔNIA, DESBARATA MAIS UMA QUADRILHA, DESTA VEZ POR FALSA DESAPROPRIAÇÃO DE TERRAS

É muito difícil que passe uma semana em que não haja uma operação da Polícia Federal em Rondônia. Quando não mais de uma, geralmente com apoio das polícias civil e militar. Logo depois do feriado, a PF, com as duas polícias estaduais e mais o Grupo Gaeco, do Ministério Público, que combate o crime organizado, fez prisões, apreensões e colocou ns grades até um advogado, até agora não identificado, por formação de quadrilha. A denúncia é de que o grupo, formado por servidores púbicos das forças de segurança e fazendeiros, que teriam formado uma quadrilha especializada em fraudar processos judiciais de desapropriação de terras, entre outros crimes. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, um de afastamento de função pública e 32 de buscas, cumpridos por equipes da Polícia Federal e Polícia Civil, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar de Rondônia, nas cidades de Porto Velho, Ariquemes, Vilhena, Cassilândia e Brasília. A podridão era grande, inclusive com a contratação ilegal de seguranças armados. É assim Rondônia, é assim o Brasil, em relação a grupos criminosos: cada enxadada, uma minhoca.

PERGUNTINHA

Você concorda ou acha um absurdo exagerado o que disse o atual ministro da Fazenda, Paulo Guedes, que o programa econômico do novo governo pode nos transformar na Argentina em seis meses e na Venezuela em um ano?

Comentários

  • 1
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    janaina muniz lobato 18/11/2022

    Amigo, saia da sua bolha! Você também estar escrevendo dos Estados Unidos? ou mora aqui no Brasil? Se morasse conseguiria enxergar que é muito recente imagens de pessoas disputando osso, supermercado vendendo pele de frango, pessoas desossando grandes animais marinho em busca de sua carne...e qual é o seu medo? de Brasil virar Venezuela? Mas vá! Faça-me um favor!. Pare com seus textos enviesados, você se aproveita de um status concedidos à sua categoria para tentar dar credibilidade aos seus artigos. Mas todos já sabemos: Seu único propósito é desinformar e instaurar o caos.

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