Rondônia se mantém com taxa zero de desenvolvimento da Esquistossomose em todo o Estado

Apesar do cenário positivo, a atenção continua. A exemplo do que ocorreu em Corumbiara, em outubro, onde houve suspeita de caso. Porém, após a realização de exame, o teste Kato Katz, o resultado deu negativo para a doença

Jaqueline Malta Fotos: Arquivo Agevisa Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 05 de novembro de 2020 às 11:51
Rondônia se mantém com taxa zero de desenvolvimento da Esquistossomose em todo o Estado

Caramujo africano são mais frequentes nesta época do ano , segundo a Agevisa

O Governo de Rondônia, por intermédio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) tem mantido as ações de monitoramento da Esquistossomose, doença parasitária também conhecida como: Xistose, Barriga d’água ou Doença do Caramujo. O resultado dessas ações é importante para manter a vigilância e o controle da doença, e não permitir que Rondônia deixe de ser área indene (vulnerável) para a Esquistossomose, isto é, a doença não possui taxa de desenvolvimento no Estado.

Apesar desse cenário positivo, a atenção para a doença continua. A exemplo do que ocorreu em Corumbiara, em meados de outubro, onde houve suspeita de caso. Porém, após a realização de exame, o teste Kato Katz, o resultado deu negativo para a doença. De acordo com o coordenador municipal de Esquistossomose em Porto velho, o biólogo Edson Neves da Cruz, em casos como este, a equipe faz um trabalho de investigação na localidade para verificar a possibilidade de presença do caramujo do gênero Biomphalaria, hospedeiro intermediário da doença.

Os trabalhos de investigação e monitoramento são executados pela equipe da Agevisa, em parceria com a coordenação municipal da Esquistossomose de Porto Velho. “Recentemente identificamos dois casos importados, isto é, pacientes que vieram ou frequentaram áreas endêmicas. Esses foram tratados aqui na Capital, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde”, salientou Edson Neves.

AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

As ações não param. De acordo com a chefe do Núcleo de Risco Biológico/Gerência Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental – Agevisa, Ana Nazaré da Silva Nascimento, o Governo do Estado, por intermédio da Gerência Técnica e regionais de Saúde, em parceria com a equipe de coordenação municipal de Esquistossomose já realizou diversas capacitações com agentes de saúde e, também, ações que promovem esclarecimentos para a população sobre prevenção à doença.

Em caso de suspeita, o cidadão pode se dirigir a qualquer unidade básica de saúde, para realização de exames parasitológicos e seguir os protocolos, conforme orientação médica.

A Esquistossomose, segundo o Ministério da Saúde, é causada pelo Schistosoma, parasita que necessita, além do homem, da participação de caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria, para completar seu ciclo vital. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo.

A principal forma de ser infectado pelos vermes causadores da Esquistossomose é entrando em contato com água doce com caramujos infectados. Na fase aguda, o paciente infectado por Esquistossomose pode apresentar diversos sintomas, como febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia. Em alguns casos, o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho.

TRATAMENTO

O tratamento da Esquistossomose, para os casos com menor gravidade, é simples, em dose única, na unidade de saúde, por meio de medicamentos específicos receitados pelo médico. Os casos graves geralmente requerem internação hospitalar e até mesmo tratamento cirúrgico, conforme cada situação.

O tratamento é oferecido de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de suspeita de infecção, deve-se procurar uma Unidade de Saúde Básica do município para os cuidados necessários.

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