Rondônia tem a menor concentração de desigualdade social e econômica das regiões Norte e Nordeste, aponta índice do IBGE
Estado tem o menor índice de concentração de renda (Índice Gini) entre suas populações, onde o trabalho é a fonte principal na formação deste índice, com 78% do rendimento
Estado consolidou o saldo positivo de 1.447 novas contratações
O Estado de Rondônia é destaque entre os estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil, com o menor índice de concentração de renda (Índice Gini) entre suas populações, onde tem neste cálculo a atividade laborativa (o trabalho) como fonte principal, sobressaindo-se sobre os demais que fundam seus cálculos em rendimentos similares e outros, além de aposentadorias ou pensões, representando a menor taxa de desigualdade social e econômica.
O desempenho de Rondônia é parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quinta-feira (12), que aponta também a reação positiva do Estado que, diferentemente da maioria dos demais entes da federação, gerou mais postos de empregos do que demissões no período, conforme levantamentos do mês de setembro, indicando 8.500 novas contratações com registro em carteira, contra 7.053 demissões, consolidando o saldo positivo de 1.447 novas contratações no Estado.
Importa esclarecer que o índice Gini (nome de seu criador) foi instituído como instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo, variando entre 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração e desigualdade). Observa-se que, neste ponto, o índice medido em Rondônia foi de 0,472, sendo o quarto melhor do país, ficando atrás apenas de Santa Catarina (0,422), Mato Grosso (0,456) e Goiás (0,459), conforme a publicação do IBGE, o que é motivo de muita satisfação para a gestão do governador Marcos Rocha.
No geral, conforme dados da publicação (SIS), 78% dos rendimentos dos rondonienses são originados do trabalho, 16% de aposentadoria ou pensão e 6% tinham outras fontes. No Brasil e na região Norte o trabalho também é a principal fonte, apresentando taxas de 72,5% e 75,4% respectivamente – Rondônia lidera com 78% neste indicativo. Os dados revelaram também que 10,3% dos rondonienses não têm documento que comprova propriedade da residência em que vive e estrutura sua família, apesar dos investimentos do Governo do Estado à regularização das propriedades urbanas e rurais.
Para Glenda Hara, coordenadora-geral de Trabalho, Emprego e Renda da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), esses dados refletem o esforço do Governo de Rondônia em formular e encaminhar soluções para as diversas áreas da produção e economia, como as medidas de incentivo à retomada das atividades produtivas pelas empresas, que já carregam em si a saída elementar para manutenção e geração de novos postos de emprego, que têm o condão de ativar outras áreas da economia, como o consumo, que na opinião do economista Antonio Joaquim Neto, é ativado pela renda gerada com os empregos. “A regra é simples: sem renda não há consumo”, disse explicando a positividade da economia rondoniense.
Já em relação às capitais, o SIS-IBGE classificou a cidade de Porto Velho na quinta posição, com índice de Gini de 0,505, sendo a melhor da região Norte. No ranking brasileiro de capitais, a melhor foi Goiânia (0,468) e a pior foi Recife, com 0,612. Sobre rendimento domiciliar per capita, pode-se observar que, em Rondônia, 34,7% das pessoas tinham de meio a um salário mínimo; 25,2% tinham de um a dois salários mínimos e 18,5% tinham de um quarto a meio salário mínimo. O grupo de pessoas com mais de cinco salários mínimos representou 1,9% da população rondoniense, tudo de acordo com os dados do SIS publicado na quinta-feira (12), que tem detalhadas todas as informações estatísticas do Brasil.
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