Rondonienses estão entre os investidores que menos apostam na poupança
Estado só é superior, percentualmente, ao Distrito Federal, quando se observa o peso do segmento no portfólio de investimentos
Levantamento do Santander Brasil apresenta o perfil do investidor de Rondônia no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022
Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que a caderneta de poupança, considerado o investimento preferido dos brasileiros, não é um queridinho entre os rondonienses. O estado é o que tem o segundo menor percentual nesse tipo de carteira, com 13,6% do portfólio, superior apenas ao Distrito Federal, com 12,6%. O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes do Banco entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado.
Nesse período avaliado, a caderneta de poupança cresceu 5% em Rondônia, acima da média nacional, que observou uma queda de 6%. Já a renda fixa tradicional, na qual se encontra a maior fatia dos investimentos dos clientes rondonienses, com 38,7%, teve uma alta de 40% no primeiro semestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Depois da renda fixa, a Previdência é a de maior preferência dos rondonienses, com 26,2% do portfólio, mas passou por uma baixa de 19% no período observado pelo levantamento do Santander. A renda variável sofreu uma queda bem mais acentuada, de 32%, o que impacta no já minoritário grupo que aposta nesse segmento como investimento, 1,2% do total.
PERFIL NACIONAL
No cenário nacional, mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período no Brasil, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).
A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período nacionalmente: 17%, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023.
Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.
“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.
Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente.
Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.
Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço nacionalmente, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.
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