Saiba o que fazer caso desconfie que seu cachorro foi envenenado

Envenenamento pode acontecer por diversas causas, como ingestão de alimentos estragados ou até mesmo plantas

Da redação/Foto: Divulgação
Publicada em 06 de setembro de 2022 às 08:48
Saiba o que fazer caso desconfie que seu cachorro foi envenenado

Imagine a seguinte cena: você está em casa e percebe que seu cachorro está com um comportamento completamente estranho. Ele está apático, mal responde aos seus chamados e apresenta salivação excessiva ou episódios de vômito.

Estes são alguns exemplos de sinais de que o seu pet pode estar sofrendo por envenenamento, algo que exige imediato atendimento em uma clínica ou hospital com emergência veterinária.

São várias as causas para que o seu amigo de quatro patas sofra de envenenamento, desde a ingestão de plantas até mesmo a inalação de substâncias tóxicas. Veja a seguir como proceder.

Possíveis causas de envenenamento

Quando se pensa em envenenamento de animais domésticos, como cães e gatos, logo vem à mente o envenenamento proposital, geralmente usando substâncias como o chumbinho, com o intuito claro de matar o pet. Só que essa não é a única possibilidade quando se trata de envenenamento em animais.

Por conta da curiosidade que lhes é própria, pode acontecer do animal ingerir uma comida estragada ao vasculhar a lata de lixo ou mesmo comer alguma migalha de um alimento específico que lhe seja tóxico. Outra possibilidade é comer uma isca para pegar ratos achando que aquilo seria um petisco saboroso.

No caso específico de alimentos, há uma lista daqueles que não devem ser consumidos por cães devido à toxicidade ao seu organismo. Podemos incluir nela, por exemplo, café, chás, chocolate, macadâmia, alho, cebola, pimenta, carambola, abacate e uva. Sementes de frutas também costumam ser nocivas.

Algumas plantas também entram no leque de agentes tóxicos para os nossos pets e, caso você tenha alguma delas em casa, deve colocá-las em um lugar que esteja

fora do alcance dos peludos. São elas: antúrio, arruda, azaleia, begônia, babosa, costela de adão, coroa de cristo, dama da noite, lírio, samambaia e violeta.

Lembrando ainda que o envenenamento pode acontecer devido à inalação de substâncias usadas na limpeza da casa, como água sanitária, álcool, desinfetante e detergente; bem como com produtos usados para dedetizar ambientes domésticos.

Sintomas de intoxicação animal

Os sintomas apresentados pelo pet vão variar conforme o tipo de substância e a quantidade ingerida, bem como a sua toxicidade ao organismo do animal. Podemos elencar, porém, manifestações como vômito, diarreia, salivação excessiva (podendo criar uma espécie de espuma na boca do animal) e apatia.

O animal envenenado também pode ter dificuldades motoras ou mesmo andar cambaleante, ter tremores, convulsões, batimento cardíaco alterado, sonolência excessiva, desorientação, lesão na pele, pupilas extremamente dilatadas ou contraídas e até mesmo dificuldade para respirar.

Seja qual for o caso, não é recomendado oferecer nada ao cachorro. Muitas pessoas costumam dar leite para inibir o envenenamento, mas isso pode ser até mesmo prejudicial, a depender do tipo de substância que foi ingerida.

Como agir em caso de envenenamento

De modo geral, o mais indicado é procurar ajuda médico-veterinária assim que os sintomas forem percebidos. Quanto mais rápido o animal for atendido, mais chances ele terá de sobreviver e não ficar com sequelas. A ação do chumbinho, por exemplo, pode matar o cachorro em até uma hora.

Lembre-se também de fazer uma breve investigação da possível causa do envenenamento, seja um produto, alimento ou mesmo uma picada de animal peçonhento (como cobra e escorpião). Observe a boca do animal e os locais onde ele fica por mais tempo para encontrar vestígios.

É apenas o veterinário que será capaz de oferecer o melhor suporte ao seu pet, considerando que não existe um “remédio” específico para envenenamento. Nos casos de atendimento imediato, o que, geralmente, é feito é uma lavagem estomacal utilizando carvão ativado.

Há situações em que o veterinário pode optar pela aplicação de soro, a chamada fluidoterapia. Os parâmetros de vida do animal, como batimentos cardíacos, pressão e frequência respiratória, também precisam ser acompanhados até que estejam normalizados – o que pode ser feito por meio de alguns exames.

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