Sejus transfere cerca de 200 presos e desativa Ênio Pinheiro

A Sejus só adotou uma providência depois que 80 bandidos de alta periculosidade escaparam nos últimos dias.

Tudorondonia
Publicada em 12 de abril de 2019 às 01:34
Sejus transfere cerca de 200 presos e desativa Ênio Pinheiro

O Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (GAPE) da Secretaria de Justiça de Rondônia transferiu, nesta quinta-feira,  188 detentos do presídio Ênio Pinheiro, na capital, de onde, nos últimos dias, fugiram 80 bandidos perigosos.

 A Sejus comunicou ao juiz das execuções penais a interdição e desativação total do Ênio Pinheiro já a partir desta quinta. Os apenados foram transferidos  para as penitenciárias Milton Soares de Carvalho e Edvan Mariano Rosendo, em Porto Velho.

O  coordenador geral do Sistema Penitenciário de Rondônia,  Célio Luiz de Lima, enviou  ofício ao Juiz  da 1° Vara de Execuções e Contravenções Penais da Comarca de Porto Velho, Bruno Sérgio de Menezes Darwich,  informando o magistrado  sobre a transferência de presos do presídio Ênio Pinheiro e interdição da unidade prisional.

No ofício, o coordenador disse que a interdição das torres acabou  deixando os apenados, de certo modo, prejudicados, bem como a segurança prisional fragilizada, pois  deixaram  de estar sob o monitoramento visual dos agentes penitenciários.

 Disse que,  com a interdição das guaritas, os apenados passaram a estar vulneráveis,  inclusive entre si, uma vez que nos intramuros da unidade existem diversas facções criminosas.

Ainda conforme o ofício, a SEJUS decidiu transferir todos os apenados às outras unidades prisionais compatíveis com seus regimes penais. Informou que  nesta quinta a decisão foi efetivada, incluindo as transferências de presos e a desativação completa do presídio.

Singeperon já havia pedido interdição do Ênio Pinheiro

O Singeperon  (Sindicato dos Agentes Penitenciários e Sócio Educadores) já havia notificado o Governo do Estado, Ministério Público e a Justiça  sobre o caos e abandono do presídio, que está  com toda sua estrutura comprometida.

 O Sindicato encaminhou ofícios relatando estes fatos e pedindo providências ao  Ministério Público e Sejus,  e solicitou vistoria do Corpo de Bombeiros. O Singeperon também havia pedido a interdição total do presídio.

A Sejus só adotou uma providência depois que 80 bandidos de alta periculosidade escaparam nos últimos dias.

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