Senador rondoniense que ajudou a acabar com a CPI da Lava Toga diz que seu voto atendeu aos anseios do povo

Apesar de ter votado contra a CPI, apoiada pela maioria da população, Marcos Rogério diz comungar com a insatisfação de grande parte do povo com o desempenho do Judiciário.

TUDORONDONIA
Publicada em 12 de abril de 2019 às 11:25
Senador  rondoniense que ajudou a acabar com a CPI da Lava Toga diz que seu voto atendeu  aos anseios  do povo

O senador rondoniense Marcos Rogério (DEM), que votou  para impedir a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria os tribunais superiores de justiça e alguns membros da magistratura, disse que seu voto atendeu aos interesses do povo de Rondônia e do Brasil.

Membro da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde proferiu o voto para Sepultar a CPI, Marcos  Rogério divulgou nota nesta sexta-feira para rebater as críticas que vem recebendo desde que a imprensa divulgou o vídeo em que ele  aparece discursando contra a a Lava Toga.

O senador chamou de notícias superficiais e tendenciosas a divulgação de seu voto em alguns órgãos de imprensa.

APOIO DO POVO

Marcos Rogério diz, ainda, que seu voto na Comissão de Constituição e Justiça vai  ao encontro dos interesses de toda a sociedade.

Em sua nota, diz que demonstra profundo respeito  pelo povo de Rondônia, especialmente pelos que votaram nele, e afirma não ter medo de apoiar a CPI – que ele ajudou a impedir – porque não responderia a nenhum processo judicial.

De maneira no mínimo contraditória, já que votou contra a CPI, apoiada pela maioria da população, Marcos Rogério diz comungar  com a insatisfação de grande parte do povo com o desempenho do judiciário e, especialmente, de alguns de seus membros, em questões circunstanciais que maculam a magistratura brasileira.

Nota de Esclarecimento do Senador Marcos Rogério

Como demonstração de meu profundo respeito ao povo de Rondônia, especialmente aqueles que confiaram em mim seu voto nas últimas eleições ao Senado Federal, a despeito da veiculação de notícias superficiais e tendenciosas sobre a votação ocorrida no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça do Senado relacionada ao pedido de CPI dos Tribunais Superiores, venho a público esclarecer o que segue: 
1.      Meu posicionamento quanto à anunciada CPI não tem qualquer relação com receio pessoal dessa ou daquela decisão do Judiciário, pois não respondo a qualquer processo de natureza cível ou criminal; 
2.      O critério utilizado pela Comissão de Constituição e Justiça é técnico-jurídico e o requerimento da CPI não apresentou fato determinado, como exige a Constituição Federal, mas sim a pretensão de discutir o mérito de decisões judiciais, razão que outro posicionamento não poderia ser exigido de qualquer senador que realmente examinasse a matéria sob a ótica constitucional e regimental; 
3.      Do ponto de vista político comungo com a insatisfação de grande parte do povo brasileiro com o desempenho do Poder Judiciário e, especificamente, de alguns de seus membros, em questões circunstanciais que maculam a magistratura brasileira; mas isso, do ponto de vista constitucional e regimental, não se enquadra como objeto de CPI; 
4.      O fato de estarmos insatisfeitos com essa ou aquela conduta não nos dá o direito de ignorar o princípio do juiz natural: o limite de competência das CPIs e de qualquer órgão jurisdicional há sempre que ser respeitado, e isso vale para a defesa dos direitos de todo e qualquer cidadão; 
5.      Defender o princípio do juiz natural é defender o direito de todas as pessoas não serem processadas ou julgadas por quem não tenha competência de fazê-lo: os juízes não podem ser julgados pelo Parlamento quanto ao conteúdo de suas decisões no exercício da judicatura, exceto quando trasbordarem desse ofício com fatos determinados de corrupção, incluindo-se, aí, condutas no âmbito administrativo, como ocorreu no conhecido caso do chamado “juiz Lalau”, do TRT de São Paulo; 
6.      Um simples exame do teor do requerimento da CPI é suficiente para concluir que, a despeito de toda a boa intenção de seus subscritores, a escolha do meio não foi adequada para corrigir aquilo que entendemos como distorções de decisões dos Tribunais Superiores; 
7.      Os meios de comunicação que se pautarem por um estudo sério e imparcial do assunto terminarão por concluir que, na verdade, meu posicionamento vai ao encontro da defesa do interesse de toda a sociedade, pois não contribui para a espetacularização de fatos que – sabemos de antemão – não poderão ser corrigidos pelo instituto da CPI; 
8.      A sociedade rondoniense poderá sempre esperar deste senador a adoção de posições firmes e corajosas, sintonizada com o mais profundo anseio popular, dentro da mais absoluta serenidade, sem explorar as emoções do momento e sacrificar os reais interesses da sociedade em busca de momentânea aprovação popular; 
9.      O tempo e um juízo mais aprofundado dessa questão apontará para a correção de minha decisão e da maioria absoluta dos senadores que integram a CCJ; 
10.     Digo, finalmente, que defendo que o Congresso Nacional atue focado em seu papel primordial, que é o mais célere exame das matérias que se revelam urgentes para dar ao Brasil um efetivo combate à corrupção e contribuir para o saneamento das contas públicas e para retomada do crescimento econômico, com abertura de novas oportunidades para a população e geração de emprego e renda para reduzir os negativos índices sociais ora vistos.

Brasília, DF, 11 de abril de 2019. 

Senador Marcos Rogério (DEM/RO)

 

Comentários

  • 1
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    Fabio 15/04/2019

    Não se preocupe não senador vc é um lixo como todos os outros q apoia esses escândalos da política e do STF..será muito bem lembrado pelo seu povo e todos os brasileiros tenha certeza disso.

  • 2
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    Adriano Cunha Gonçalves 13/04/2019

    Esse tem realmente um bico doce para adoçar a cagada que fez é só o povo rondoniense não esquecer

  • 3
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    LEANDRO CESAR 13/04/2019

    se não assinou esta devendo......vergonha de ter votado nesse cara...

  • 4
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    [email protected] 12/04/2019

    Senador que vergonha, proteger o STF, eu creio que vão cair um por um O Gilmar, Dias, e outros.agora vai ficar feio pra quem tentou protege_los Não se elegerão mais.

  • 5
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    Brito 12/04/2019

    Realmente senador o anseio do povo seria o andamento do processo e não seu arquivamento.

  • 6
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    edgard feitosa 12/04/2019

    O último parágrafo (10), diz tudo sobre o imoral, cínico e velho discurso dos políticos: desde quando aprovam leis para punir e prender corruptos??? sanear contas públicas??? políticos só pensam em seus próprios benefícios e como surrupiar dinheiro público; aí estão os incontáveis políticos investigados por corrupção; todos livres, leves e soltos; retomada do crescimento???? que projetos os políticos desenvolvem para sair do vazio discurso a ações práticas???? geração de emprego??? 13 milhões de desempregados, que os políticos tem feito??? tudo balela, tudo discurso vazio, sem nenhuma praticidade que tenha efeitos práticos para o povo;

  • 7
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    altemir roque 12/04/2019

    Émuita cara de pau desse senador omisso. Sua atitude e de outros retrata um comportamento covarde diante das aberrações cometidas pelos 4 cantos do país. Minha vontade e certamente a de muitos era de que o nobre senador não tivesse sido eleito. Mas se eleito tenha vergonha na cara e assuma suas ações em seu nome, não no nome do povo. Rondônia se sente envergonhada com sua atitude mesquinha.

  • 8
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    jorge luiz 12/04/2019

    Isso é uma vergonha, já dizia Boris Cazoi. Ainda diz que é de interesse do povo. Que povo? É só o dele.

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