Senadores reagem à atuação de Bolsonaro em ato que pediu intervenção militar
Parlamentares foram a suas redes sociais para lamentar o episódio
Participação do presidente em manifestação deste domingo teve repercussão imediata no Senado - Marcos Oliveira/Agência Senado
A presença do presidente Jair Bolsonaro em um ato que defendia a intervenção militar provocou a reação imediata dos senadores. Na manifestação ocorrida no domingo (20), em Brasília, em frente ao Quartel-General do Exército, um grupo de pessoas também pediu o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, parlamentares foram a suas redes sociais para lamentar o episódio.
Para o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), é natural que o ex-militar Jair Bolsonaro fosse ao Quartel-General na data em que é comemorado o Dia do Exército. No entanto, não é natural que grupos minoritários sejam protagonistas na defesa de uma agenda antidemocrática, avaliou o senador. O parlamentar disse ainda que o maior patrimônio do povo é a liberdade, que tem como fiadora a democracia.
"Entendo que o presidente, pressionado, busque o apoio dos grupos fiéis ao seu governo. Mas deve buscar, acima de tudo, a união entre todos os brasileiros, e não alimentar a imagem de que flerta com a agenda de atrasos institucionais, como prega uma minoria", acrescentou.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM), por sua vez, disse que é triste ver manifestações a favor do regime militar. Segundo ele, trata-se de uma minoria que não representa nem de longe o que na verdade pensam os brasileiros.
"E mais: se consulta houvesse, a grande maioria dos militares diria que não quer isso. Há uma consciência saudável nas casernas sobre qual é a verdadeira missão das Forças Armadas, que, diga-se de passagem, elas cumprem com muita honra e dignidade", disse.
Defesa
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, viu de outra forma. Ele lembrou que a manifestação de domingo, em Brasília, foi contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia:
"Impressionante a canalhada querendo desqualificar manifestações a favor de Bolsonaro e contra arroubos de Rodrigo Maia como se fossem atos pelo AI-5 ou contra o Congresso Nacional. Democracia pulsando forte; o povo mandou seu recado hoje", publicou no Twitter.
A mensagem de Flávio foi republicada horas depois pelo senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), também representante do Rio de Janeiro.
Representação
Na tarde desta segunda-feira (20) o líder da Rede, senador Randolfe Rodrigues (AP), entrou com uma representação contra Jair Bolsonaro no Ministério Público Federal. O parlamentar pede que o procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue se Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao comparecer a um movimento contra o Congresso Nacional e a favor de uma possível intervenção militar no Brasil. Randolfe questiona ainda o fato de o presidente ter desrespeitado o distanciamento social recomendado para o enfrentamento da pandemia de coronavírus.
“Urge a necessidade de investigação por esse MPF em vista das declarações antidemocráticas do Presidente da República, haja vista o desrespeito à democracia e a afronta direta à Constituição Federal, bem como de sua atuação contrária aos interesses do povo no enfrentamento da pandemia. Não há dúvidas de que o Sr. Jair Messias Bolsonaro deve ser responsabilizado por tais atos, inclusive para se coibir qualquer ímpeto antidemocrático em nossa sociedade. Não se trata aqui de uma pretensão contrária à liberdade de expressão, mas de legítima preocupação para que o discurso não ganhe coro e gere verdadeira ‘guerra civil’”, argumenta Randolfe na representação.
Veja o que disseram os senadores pelas redes sociais |
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