Sentença de morte

Incentivar e apoiar aglomerações é apostar na morte, quando o certo é investir na aquisição de vacinas para imunizar as pessoas, mas, o que se tem visto é exatamente o oposto

Valdemir Caldas
Publicada em 18 de junho de 2021 às 08:32
Sentença de morte

A princípio não acreditei, mas logo a ficha caiu. E aí, o susto. Meu Deus! Quantas pessoas ainda vão precisar morrer para que alguns de nossos dirigentes entendam que o momento não é de relaxar, de baixar a guarda, no combate ao coronavírus? Pelo contrário, é uma questão de vida ou morte dizer para a população que ela precisa se cuidar, respeitar as medidas de prevenção, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento físico. 

É revoltante o descaso de certas autoridades para com a vida de seus concidadãos. Quase quinhentos mil brasileiros perderam suas vidas para esse vírus maldito. Nessa matemática macabra, filhos ficaram órfãos, país perderam seus filhos, maridos ficaram viúvos, mulheres ficaram viúvas, vizinhos perderam seus vizinhos, e amigos perderam seus amigos.  E ainda tem gente que se comporta como se nada estivesse acontecendo.

De acordo com especialistas, até que se atinja a chamada imunidade de rebanho, que é quando setenta por cento da população recebeu as doses de uma vacina para que todos os indivíduos fiquem protegidos do vírus, autorizar a realização de festas e ventos é sentença de morte. E o pior é que muita gente acaba embargando nessa nau dos insensatos, arriscado a própria vida e a dos outros.

Incentivar e apoiar aglomerações é apostar na morte, quando o certo é investir na aquisição de vacinas para imunizar as pessoas, mas, o que se tem visto é exatamente o oposto. São os reflexos das eleições de 2022. É impressionante o que alguns políticos são capazes de fazer para se manterem na crista do poder. Para essa gente, a vida não passa de um papel inútil que se atire na lata de lixo mais próxima.

Comentários

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    Josemar Freire Botelho 18/06/2021

    Valdemir Caldas tem CULPA por este estado de coisas. Ele não só votou no BOLSONARO como fez vários artigos defendendo o genocida. Só viu agora a bobagem que fez, senhor jornalista? O presidente disse que a imunidade de rebanho era melhor do que a vacina. Negou a ciência, negou o óbvio. Induziu muitos à morte certa. E por quê? Ora, por que pessoas como esse jornalista reacionário votaram nele e ainda o defende. Você é cúmplice do Bolsonaro, senhor Valdemir Caldas. Devia se envergonhar da monstruosidade que fez com o seu voto a boa parte do povo brasileiro. É tarde para se arrepender. Peça desculpas a todos.

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