Servidores da saúde recebem orientações sobre contaminação por mercúrio nas áreas indígenas
“O propósito da oficina é capacitar os servidores quanto aos riscos do mercúrio e como ele é veiculado pelo ambiente, e principalmente, identificar os sinais e sintomas nos indígenas, para que possa haver uma intervenção de prevenção”.
Durante toda esta quinta-feira (6), o Ministério da Saúde (MS) reúne profissionais das equipes multidisciplinares do Distrito Sanitário Especial Indígena de Porto Velho (Dsei) que trabalham a atenção básica da saúde indígena, para a Oficina sobre Contaminação por Mercúrio na Área Indígena, no auditório da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Segundo o analista do MS, Fábio Ximenes, “o propósito da oficina é capacitar os servidores quanto aos riscos do mercúrio e como ele é veiculado pelo ambiente, e principalmente, identificar os sinais e sintomas nos indígenas, para que possa haver uma intervenção de prevenção”.
O profissional garante que, apesar de não ter registro de nenhum caso de intoxicação na região amazônica, o conhecimento sobre a ação do mercúrio no organismo é importante para os servidores, devido ao alto fator patológico do metal.
A oficina, além do conhecimento repassado, capacita os profissionais sobre como orientar os indígenas sobre a melhor maneira de administrar a alimentação, já que o metal se difunde na cadeia alimentar. “A exposição principal do indígena é pelo consumo de peixe, e a instrução é como indicar aos povos o não consumo diário, variar a alimentação com caça e frutas, e saber escolher os tipos de peixe com menor concentração de mercúrio”, explica Fábio.
Wanderley Bastos, doutor em Ciências Biológicas e pesquisador que estuda o mercúrio no Laboratório de Biogeoquímica da Universidade Federal de Rondônia (Unir), foi o palestrante da oficina e falou sobre as características e males causados pelo elemento químico.
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