Sintero conclui perícia para identificar insalubridade e periculosidade em escolas e presídios da Regional Norte

Depois da Regional Norte, o mesmo trabalho será realizado nas demais regionais.

Autor: Assessoria de Imprensa - Sintero
Publicada em 31 de julho de 2018 às 17:38
Sintero conclui perícia para identificar insalubridade e periculosidade em escolas e presídios da Regional Norte

Com a realização de trabalhos em duas escolas estaduais e em duas unidades prisionais o Sintero conclui nesta semana as perícias na Regional Norte para identificar os locais em que os trabalhadores em educação estão expostos à insalubridade e periculosidade.

O resultado dessas perícias vai subsidiar ações do Sintero para reivindicar o pagamento de adicional previsto em lei aos profissionais que atuam em locais insalubres ou perigosos.

Depois da Regional Norte, o mesmo trabalho será realizado nas demais regionais.

Nesta terça-feira a Diretoria do Sintero acompanhou a realização da perícia na Escola Carmela Dutra, em Porto Velho. A perita Roseli Lopes e a assistente de perícia Michele Andrade utilizaram equipamentos apropriados para identificar a existência de agentes nocivos à saúde tanto nas salas de aula quanto nos demais ambientes da escola, como a secretaria, a sala dos professores, o local de preparação da merenda, os depósitos e os locais de atividades físicas.

A perícia conta, ainda, com os serviços de outros profissionais como médicos do trabalho, examinadores fonoaudiólogos, biomédicos, cardiologistas, neurologistas, técnicos de segurança do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho, peritos criminais e consultores jurídicos.

De acordo com a perita Roseli Lopes, muitos são os problemas encontrados nas escolas, como a carga excessiva de trabalho, o que ocasiona transtornos físicos e patológicos como fadiga, LER e outras doenças.

“Também encontramos muitos ambientes com poeira, ácaro, salas de aula com número excessivo de alunos, além de trabalhadores em educação vítimas de ameaças físicas e até de violência sexual”, relatou a perita.

Segundo as profissionais que fazem as perícias, em determinado local a direção da escola recolheu uma grande quantidade de objetos cortantes como facas, lâminas e armas artesanais, além de drogas ilícitas. “Tudo isso representa ameaças e até risco às vidas dos profissionais que trabalham naquele local”, concluiu a perita.

Além dos exames nos ambientes, a perícia também registra relatos dos trabalhadores em educação acerca das atividades cotidianas, dos móveis e equipamentos utilizados no trabalho e da ocorrência de alterações físicas e psíquicas.

Durante a realização da perícia na Escola Carmela Dutra, a Direção do Sintero conversou com os trabalhadores em educação e explicou que as possíveis ações para requerer o adicional de insalubridade ou periculosidade serão efetivadas em nome dos servidores filiados representados pelo sindicato. “Além do fato de que as perícias estão sendo pagas pelo sindicato, com recurso dos filiados, tem a questão da legalidade na representação sindical”, disse a presidente do Sintero, Lionilda Simão.

Ela reiterou o alerta do Sintero aos trabalhadores em educação, principalmente do interior, para que não se iludam com ações judiciais vazias sem embasamento técnico, prometidas por terceiros. “Com mais esse trabalho na defesa dos direitos dos filiados, reafirmamos o nosso compromisso com a luta responsável, e agradecemos à categoria por acreditar nessa luta. Só assim conquistaremos o respeito e a valorização que almejamos”, disse a presidente do Sintero.

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