Sintero discute sobre retorno das aulas presenciais com a Secretaria de Estado da Educação
Na reunião, o Sintero defendeu que não se efetive o método presencial até que haja o total controle diante da propagação do vírus no Estado e que tenha leitos disponíveis para aqueles que necessitam de tratamento
Na segunda-feira (07/07) diretores da executiva do Sintero participaram de reunião sobre a proposta preliminar apresentada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que estabele orientações e normas ao retorno do ano letivo presencial, ainda que não haja previsão de data para sua efetivação. O documento exibe medidas pedagógicas e de segurança sanitária, baseadas nas mesmas observações e pontos discutidos e apresentados pelo Sintero, protocolados através de ofícios.
O documento foi colocado para análise de todos os órgãos que participaram da reunião virtual e deve passar por alterações até que haja um consenso. O Sintero destaca de antemão que irá atuar para que nenhum trabalhador em educação seja exposto ao vírus, principalmente, os servidores do chamado grupo de risco e com doenças pré-existentes diagnosticadas. Inclusive, em sua maioria, os técnicos educacionais, para que sejam dispensados da convocação, quando houver.
Na reunião, o Sintero defendeu que não se efetive o método presencial até que haja o total controle diante da propagação do vírus no Estado e que tenha leitos disponíveis para aqueles que necessitam de tratamento. Em resposta, o Secretário de Estado da Educação, Suamy de Abreu, afirmou que as aulas presenciais retornarão apenas quando os municípios estiverem na fase 4, do Plano de Distanciamento do Governo. Mas, garantiu que não há previsão para que Rondônia chegue no total afrouxamento das medidas de restrição. Logo, também não há previsão para retorno das aulas.
Quanto às medidas pedagógicas, está se discutindo mecanismos que garantam a permanência dos alunos na escola, considerando a possibilidade de um grande índice de abandono escolar. Também será reajustado o planejamento das atividades que foram previstas para o ano de 2020, priorizando os conteúdos essenciais.
Em relação às medidas sanitárias, todas as unidades escolares precisarão seguir os protocolos dos órgãos e especialistas em saúde, tais como: verificar a temperatura dos estudantes; dos docentes e demais funcionários; disponibilizar máscaras individuais para todos; instalar dispensadores de álcool em gel em diversos pontos da escola e, caso ocorra ressurgimento da transmissão comunitária, fechar novamente as escolas e reabrir somente quando for seguro. Também destacou que as escolas deverão instalar lavatórios com dispensadores de sabonetes líquidos nas entras, se possível. Porém, o Sintero sugeriu ajustes na redação, de forma que a Secretaria disponibilize o material para todas as escolas, não excluindo nenhuma.
O Sintero questionou também sobre o recesso previsto para o final do mês de julho, considerando que no início da pandemia, a Secretaria divulgou que os dias de paralisação das atividades corresponderiam ao recesso de julho. Em razão disso, o Sintero pediu esclarecimentos se haverá adiantamento das férias de dezembro, para que a categoria esteja ciente dessa decisão, que não foi discutida com o sindicato.
O Sintero ressalta que já possui uma Comissão que está criando um Planejamento Estratégico para o retorno das aulas e analisando minuciosamente a proposta da Seduc. Desde já, o Sintero informa que protocolará esse documento o mais rápido possível, com as propostas do sindicato, criadas a partir das demandas da categoria. Uma nova reunião para tratar sobre o assunto está marcada para próxima segunda-feira (13/07).
Participaram da reunião, o Secretário de Organização do Sintero, Jose Augusto Neto, a Secretária de Assuntos Educacionais, Francisca Diniz de Melo Martins, a Secretária de Política Sindical e Estudos Sócio-Econômico do Sintero, Claudir Mata Magalhães, a gerente técnica de vigilância sanitária da Agência Estadual (Agevisa), Vanessa Ezaki, o presidente da Undime, Vilson Sena de Macedo, representantes da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), o vice- presidente do Conselho Estadual de Educação de Rondônia (CEE/RO), Agenor Fernandes de Souza, entre outras representações do Estado.
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