Sintero tem audiência extraordinária com secretário da Seduc para discutir diversos assuntos

A presidente do Sintero, Lionilda Simão, iniciou os questionamentos relembrando o envio do ofício nº556/2018 e a última reunião feita com o secretário no início de fevereiro, em que a Direção do sindicato pedia uma data para a realização da consulta.

Sintero
Publicada em 11 de março de 2019 às 11:38
Sintero tem audiência extraordinária com secretário da Seduc para discutir diversos assuntos

A Direção do Sintero se reuniu na última quinta-feira (07/03) com o secretário Estadual de Educação, Suamy de Abreu, para discutir sobre o processo de consulta à comunidade escolar para as escolhas de Diretores e Vice-Diretores, que deveria acontecer no mês de março de 2019, conforme a Lei 3.018/2013. Na oportunidade também foi discutida a restrição da merenda escolar para professores e técnicos de escola, determinada através do Memorando nº 4/2019. Outra pauta debatida foi em relação ao pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério

A presidente do Sintero, Lionilda Simão, iniciou os questionamentos relembrando o envio do ofício nº556/2018 e a última reunião feita com o secretário no início de fevereiro, em que a Direção do sindicato pedia uma data para a realização da consulta.

Além disso, Lionilda Simão relatou que alguns professores mostraram um Memorando Circular expedido pela Seduc, anunciando a mudança na data de realização do processo.

“O Sintero não recebeu esse documento, porém ele chegou em nossas mãos através da base. Isso é bastante preocupante, uma vez que a gestão democrática já passou por diversas mudanças e em nenhum momento fomos consultados. Então, viemos até aqui cobrar esclarecimentos e um posicionamento, pois os trabalhadores em educação estão aguardando por isso”, disse Lionilda Simão.

O secretário Suamy de Abreu, assim como na última reunião, pontuou que este ano será realizada a avaliação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), motivo pelo qual ele teme que a troca de diretores afete a avaliação dos alunos.

“Temos interesse em adiar essa eleição devido à avaliação do IDEB, pois acreditamos que a troca de gestores irá afetar a aprendizagem de nossos alunos. Essa é uma decisão de cunho totalmente pedagógico, já que não possuímos nenhum interesse em entrar numa rota de colisão com os trabalhadores e com o sindicato”, disse Suamy.

A Direção do Sintero pediu que o secretário respeitasse e cumprisse o que estabelece a Lei 3.018/2013, que dispõem sobre a Gestão Democrática nas Escolas ou que apresentasse argumentos cabíveis em relação ao adiamento do processo.

Suamy de Abreu se propôs a criar uma Comissão de Coordenação Estadual, com a participação de dois representantes do Sintero, para estudar a Lei em vigor e propor as alterações necessárias, inclusive estabelecendo novas datas para a realização da consulta.

Dando continuidade à reunião, Lionilda Simão questionou sobre o Memorando Circular nº 4/2019/, documento que reitera informes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) com deliberações que restringem a alimentação escolar exclusivamente aos alunos da rede estadual.

De acordo com Suamy de Abreu, essa é uma determinação do TCU - Tribunal de Contas da União. Porém, ele acredita que houve uma falta de humanização por parte da secretaria, já que muitos desses profissionais não têm tempo para se alimentar em casa devido à sua carga horária extensa.

O secretário pediu desculpas, mas reiterou que essa determinação não tem assinatura dele.

A Direção do Sintero também questionou o secretário a respeito do pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério. Conforme Suamy de Abreu, a Seduc está calculando os valores e analisando o impacto financeiro.

Diante disso, o Sintero protocolou um ofício junto ao secretário pedindo um posicionamento oficial sobre todas essas questões dando como data limite até o dia 13 de março. Caso não tenha resposta, o sindicato levará a atual situação à categoria através de Assembleias Regionais.

Participaram da reunião os diretores do Sintero Dioneida Castroldi (secretaria Geral), Manoel Rodrigues da Silva (Finanças), Francisca Diniz de Melo Martins (Assuntos Educacionais), Antônio Alves Ferreira (Funcionários de Escolas), Neira Cláudia Cardoso Figueira (Formação), Claudir Mata Magalhaes de Sales (Política Sindical), Jose Augusto Neto (Organização), Rosenilda Ferreira de Souza Silva (Gênero e Etnia), Germano José Gonçalves de Souza (Assuntos Municipais), Nereu Jose Klosinski (Aposentados e Assuntos Previdenciários) e o advogado do Sintero Adércio Dias Sobrinho.

Comentários

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    Marco Ramos 12/03/2019

    Correr atrás dos entraves da Transposição o SINTERO não quer mais, pois quando os servidores são transpostos estão migrando para o SINDSEF, agora ficam com essa idiotice de Gestão Democrática, isso nunca foi e nunca será democracia pois a pessoa quando está no cargo é só ouvir falar que um professor vai apresentar candidatura, logo recebe seu memorando. Os secretários das escolar quando assumem o cargo, se perpetuam e se acha os donos das escolas. Porque não fazem chapas completas com Diretor, Vice-Diretor e Secretário? Não podendo ser escolhido o secretário que já esteja exercendo a função?

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    SILVIO MARAN 12/03/2019

    Vcs trataram dos salários dos téc. educacionais que está uma miséria, tem pessoas que não estão aguentado pagar nem minha casa minha vida que é de 50,00 reais a mensalidade.

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    SILVIO MARAN 12/03/2019

    Vcs trataram dos salários dos téc. educacionais que está uma miséria, tem pessoas que não estão aguentado pagar nem minha casa minha vida que é de 50,00 reais a mensalidade.

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    Marco Ramos 12/03/2019

    Sinceramente, eu discordo plenamente com essa babaquice de gestão escola, que para isso haja uma eleição para escolha de diretor e vice de uma escola. O que na realidade se pode observar, são diretores praticando a politica do memorando. Os secretários se perpetuam nos cargos e se acham os donos das escolas!

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    Altemir Roque 11/03/2019

    Sobre a consulta pública para escolha dos dirigentes escolares, a lei 4113 de 2017 é clara e não cabe ao cumpridor da lei escolher se cumpre ou não. O estado democrático de direito impõe obediência às normas, sob pena de insegurança jurídica. A justificativa não pode sobrepor à lei. Nesse caso, parece que ocorre improbidade administrativa, porque a omissão nesse caso implica em desrespeito à lei. Ademais, ninguém pode alegar desconhecimento da lei, ela está em vigor desde 2017. Se a moda pega, ou seja, virar regra o desrespeito às leis por motivos que não os da própria lei, mas por escolha de quem deve cumprir a lei, penso que teremos um país bem pior que o de hj. Nos dá a impressão que descumprir norma não traz punição, por isso o crime compensa. Se a educação que deveria dar o exemplo, não dá, que esperar dos outros ?......

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    Araujo 11/03/2019

    Quando a greve chegar governador, quero ver vc encher de pm dentro das escolas hehehe

  • 7
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    sinval 11/03/2019

    INTERESSANTE NENHUM COMENTÁRIO SOBRE A ATUALIZAÇÃO DA TABELA DOS PROFESSORES. APLICAÇÃO DA LEI 4248/2018 - JANEIRO DEVERÍAMOS TER TABELA NOVA.

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