Stress e ansiedade fazem 38% dos homens entre 18 e 35 anos terem disfunção erétil - como tratá-la?
O objetivo é desmistificar a crença de que só homens acima dos 40 falham na “hora H”, e mostrar aos mais novos que eles também estão sujeitos a passar por isso
Quando falamos em disfunção erétil, logo associamos a homens maduros, acima dos 40 anos. Mas, o que pouca gente sabe, é que os mais jovens também podem apresentar dificuldade em manter a ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Inclusive, pesquisas apontam que a procura de medicamentos para a resolução do problema tem crescido de forma significativa, sobretudo por homens de até 35 anos.
Normalmente, para pessoas mais velhas, a impotência sexual pode ser provocada por diabetes, problemas de circulação e outras causas físicas. Mas, quais seriam as razões para a disfunção erétil em jovens, afinal? É isso que explicarei neste artigo.
O objetivo é desmistificar a crença de que só homens acima dos 40 falham na “hora H”, e mostrar aos mais novos que eles também estão sujeitos a passar por isso. E está tudo bem! Felizmente, existem métodos de tratamentos eficazes, sobre os quais apresentarei mais adiante. Acompanhe!
Afinal, disfunção erétil é um problema que acomete apenas homens mais velhos?
Definitivamente, não. Embora muitos acreditem que a disfunção erétil atinge só os “mais experientes”, há estudos que mostram o contrário. Recentemente, o Datafolha, em parceria com a plataforma Omens, realizou uma pesquisa que revela que 38% dos brasileiros entre 18 a 35 anos apresentam algum grau de dificuldade com ereção. É um número compatível com o levantamento internacional, que indica uma porcentagem de 30%.
Assim, se você faz parte do grupo de homens que apresentam esse problema nessa idade, saiba que é perfeitamente comum.
O que causa disfunção erétil em jovens?
As causas da disfunção erétil entre homens maduros e jovens podem estar associadas, mas em partes. Neste caso, a idade não é o único fator. Segundo a pesquisa do Datafolha, 67% daqueles que tiveram o problema nos últimos dois anos relataram sofrer de estresse regular ou ansiedade.
Isso nos mostra que o medo de “falhar’, de não se “garantir” e de não ser bom o suficiente, continua sendo os fantasmas que atormentam grande parte dos homens, incluindo os mais novos. Afinal, a crença de que o pênis deve-se manter ereto permanece e, se eles não conseguem, tornam- se sinônimo de vergonha. Outra situação bastante comum é a pressão que muitos deles sentem no início de um relacionamento. Os jovens se preocupam com a (o) parceira (o) e desejam que tudo corra bem na “hora H”. No entanto, essa vontade exagerada, ao invés de ajudar, pode atrapalhar as relações sexuais e dificultar a ereção.
Mas, embora seja menos recorrente, os mais novos também podem ser submetidos a fatores físicos na disfunção erétil, além dos psicológicos. O tabagismo, o ganho de peso, problemas hormonais e neurológicos, doenças em geral e penianas, como a doença de Peyronie, e o uso de medicamentos também prejudicam aspectos da sexualidade e a qualidade das ereções. Tanto dos homens mais experientes, quanto dos com idades inferiores a 35 anos.
Como a disfunção erétil afeta a vida dos jovens?
Nos mais jovens, a disfunção erétil pode afetá-los de diferentes maneiras, sobretudo no que diz respeito ao seu comportamento.
Alguns, passam a agir de forma mais retraída com as mulheres, já que o medo de “errar” fala mais alto. Outros, começam a perceber os efeitos nos resultados profissionais e até no seu sentido de felicidade, uma vez que em grande parte da vida masculina o desempenho sexual está associado à confiança e autoestima.
A timidez e insegurança também é muito comum em alguns homens nessa faixa etária. Afinal, eles sabem que a ereção pode não acontecer durante a relação sexual. Por isso, além do tratamento com o urologista, ter um acompanhamento psicológico é fundamental para os pacientes com disfunção erétil. Assim, é possível tratar os aspectos emocionais que os impedem de ter ereção e, ao mesmo tempo, os físicos, se houverem.
O tabu por trás da disfunção erétil
Em muitos casos que recebo no consultório, percebo que os homens, sejam eles experientes ou mais novos, sentem dificuldade para falar sobre a disfunção erétil. Mesmo durante a consulta, eles não se aprofundam no assunto por se sentirem acuados ou constrangidos pela situação.
De acordo com o estudo realizado pelo Datafolha, 60% daqueles que já tiveram algum problema de ereção não falaram sobre isso com ninguém. O que nos levar a crer que a razão por trás de tudo é a maneira como ele é visto pelos homens: como um tabu.
Isso impede que os pacientes tirem as dúvidas sobre os fatos e até deixem de buscar ajuda profissional, conforme a pesquisa também mostra: 64% dos brasileiros com disfunção erétil nunca procurou um especialista de saúde. Consequentemente, essa atitude, ou melhor, a falta dela, traz ao quadro menos chances de resolução.
Tratamentos para a disfunção erétil em jovens
Sim, a disfunção erétil em jovens tem tratamento. Assim, o primeiro passo para resolver a questão é procurar um urologista para investigar as causas do problema. Se for psicológica, o acompanhamento do médico e de um terapeuta é essencial, pois o ajudará a trabalhar questões comportamentais e de hábito. Além disso, caso seja diagnosticado a presença de ansiedade e depressão, o uso de medicamentos também pode ser recomendado.
Já para os problemas físicos, há tratamentos que condizem com as necessidades de cada pessoa. Para pacientes com a doença de Peyronie, por exemplo, pode ser realizado um procedimento cirúrgico que visa corrigir a curvatura do pênis. Já se a disfunção erétil for associada a uma questão hormonal, também é possível partir para uma reposição, sob orientação de um urologista.
De toda forma, procure ajuda médica para que o seu caso seja investigado e você possa iniciar o tratamento o quanto antes. Se quiser tirar dúvidas sobre o assunto e agendar uma consulta, entre em contato com o profissional de saúde de sua confiança.
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