Tarcísio abraçou e beijou golpistas na boca

"Passou vexame e, no meio da troca de beijos com os golpistas, deixou cair a máscara"

Fonte: Oliveiros Marques - Publicada em 14 de julho de 2025 às 16:38

Tarcísio abraçou e beijou golpistas na boca

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoia agressão de Donald Trump ao Judiciário brasileiro (Foto: Reprodução )

“Esdrúxula” foi o adjetivo utilizado por membros do Supremo Tribunal Federal ao comentar a iniciativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de entrar em contato com ministros da Corte solicitando autorização para que o inelegível - réu por tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito - pudesse viajar aos Estados Unidos para uma suposta charla com o bilionário presidente norte-americano.

Eu diria que os movimentos patrocinados por Tarcísio são risíveis. Juvenis. Medíocres, até. Importante destacar: ele só começou a se preocupar com o desastre que representa a BolsoTaxa - criada por Trump com estímulo de aliados brasileiros, tendo Eduardo Bolsonaro como porta-voz em solo norte-americano - depois de ser enquadrado pela elite paulista, que, com razão, está preocupada com as perdas bilionárias que a medida causará às exportações de São Paulo: café, suco de laranja, aviões, entre outras.

Tarcísio sempre tentou se equilibrar, de um lado segurando a mão dos extremistas, de outro se apoiando nos ombros dos centristas. Agora, me parece, se abraçou de vez com os golpistas - e não apenas abraços: trocou beijos calientes. Não bastasse a bizarra ligação para ministros do STF, comportou-se como o mais caramelo dos vira-latas ao “pagar pau” para integrantes do segundo escalão da embaixada norte-americana em Brasília - que têm tanta influência no processo diplomático quanto o roupeiro tem na escalação do time.

Para piorar o constrangimento, seu esforço para correr atrás do prejuízo político - após posar de fã de Trump e ostentar o boné do MAGA – tomou um toco do Bolsonaro-pai, que se recusou a acompanhá-lo ao passeio na embaixada, e ainda rendeu uma puxada de orelha pública vinda dos EUA por parte do filho 03. Em suas redes, Eduardo deixou claro que o verdadeiro objetivo por trás da BolsoTaxa é garantir um salvo-conduto para o papai escapar da Justiça pela tentativa golpistas e por outros crimes pelos quais possa a vir ser condenado.

O resumo desses dois últimos dias na imagem do governador de São Paulo? Se havia alguma dúvida sobre a proximidade de Tarcísio com os golpistas, ela se desfez. Suas atitudes deixaram suas digitais de forma muito clara em toda a articulação – presente, e quem sabe pretérita. Também escancarou sua fraqueza como governador de São Paulo, sua pequenez institucional. Diante do ataque à economia paulista, não reagiu de imediato. Preferiu se esconder, aplaudir Trump e assistir passivamente à construção da BolsoTaxa. Só saiu da toca, insisto, após ser pressionado pelos setores empresariais e perceber que o dano político e eleitoral seria grande.

Mas calculou mal. Planejou mal. Passou vexame e, no meio da troca de beijos com os golpistas, deixou cair a máscara.

Oliveiros Marques

Sociólogo pela Universidade de Brasília, onde também cursou disciplinas do mestrado em Sociologia Política. Atuou por 18 anos como assessor junto ao Congresso Nacional. Publicitário e associado ao Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), realizou dezenas de campanhas no Brasil para prefeituras, governos estaduais, Senado e casas legislativas

91 artigos

Tarcísio abraçou e beijou golpistas na boca

"Passou vexame e, no meio da troca de beijos com os golpistas, deixou cair a máscara"

Oliveiros Marques
Publicada em 14 de julho de 2025 às 16:38
Tarcísio abraçou e beijou golpistas na boca

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoia agressão de Donald Trump ao Judiciário brasileiro (Foto: Reprodução )

“Esdrúxula” foi o adjetivo utilizado por membros do Supremo Tribunal Federal ao comentar a iniciativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de entrar em contato com ministros da Corte solicitando autorização para que o inelegível - réu por tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito - pudesse viajar aos Estados Unidos para uma suposta charla com o bilionário presidente norte-americano.

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Eu diria que os movimentos patrocinados por Tarcísio são risíveis. Juvenis. Medíocres, até. Importante destacar: ele só começou a se preocupar com o desastre que representa a BolsoTaxa - criada por Trump com estímulo de aliados brasileiros, tendo Eduardo Bolsonaro como porta-voz em solo norte-americano - depois de ser enquadrado pela elite paulista, que, com razão, está preocupada com as perdas bilionárias que a medida causará às exportações de São Paulo: café, suco de laranja, aviões, entre outras.

Tarcísio sempre tentou se equilibrar, de um lado segurando a mão dos extremistas, de outro se apoiando nos ombros dos centristas. Agora, me parece, se abraçou de vez com os golpistas - e não apenas abraços: trocou beijos calientes. Não bastasse a bizarra ligação para ministros do STF, comportou-se como o mais caramelo dos vira-latas ao “pagar pau” para integrantes do segundo escalão da embaixada norte-americana em Brasília - que têm tanta influência no processo diplomático quanto o roupeiro tem na escalação do time.

Para piorar o constrangimento, seu esforço para correr atrás do prejuízo político - após posar de fã de Trump e ostentar o boné do MAGA – tomou um toco do Bolsonaro-pai, que se recusou a acompanhá-lo ao passeio na embaixada, e ainda rendeu uma puxada de orelha pública vinda dos EUA por parte do filho 03. Em suas redes, Eduardo deixou claro que o verdadeiro objetivo por trás da BolsoTaxa é garantir um salvo-conduto para o papai escapar da Justiça pela tentativa golpistas e por outros crimes pelos quais possa a vir ser condenado.

O resumo desses dois últimos dias na imagem do governador de São Paulo? Se havia alguma dúvida sobre a proximidade de Tarcísio com os golpistas, ela se desfez. Suas atitudes deixaram suas digitais de forma muito clara em toda a articulação – presente, e quem sabe pretérita. Também escancarou sua fraqueza como governador de São Paulo, sua pequenez institucional. Diante do ataque à economia paulista, não reagiu de imediato. Preferiu se esconder, aplaudir Trump e assistir passivamente à construção da BolsoTaxa. Só saiu da toca, insisto, após ser pressionado pelos setores empresariais e perceber que o dano político e eleitoral seria grande.

Mas calculou mal. Planejou mal. Passou vexame e, no meio da troca de beijos com os golpistas, deixou cair a máscara.

Oliveiros Marques

Sociólogo pela Universidade de Brasília, onde também cursou disciplinas do mestrado em Sociologia Política. Atuou por 18 anos como assessor junto ao Congresso Nacional. Publicitário e associado ao Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), realizou dezenas de campanhas no Brasil para prefeituras, governos estaduais, Senado e casas legislativas

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