Temendo perder vaga, servidores comissionados trabalham mesmo sem nomeação na prefeitura
Prefeito tem avisado que cortará cargos de confiança pela metade.
Tem sido feroz, no paço municipal de Vilhena, a briga por cargos na gestão do prefeito Eduardo Japonês (PV), que ainda nem completou um mês de mandato e já se vê às voltas, todos os dias, com pessoas em seu gabinete, cobrando nomeação.
O mandatário nega que venha enfrentando pressões de vereadores para incluir indicados por eles na folha de pagamentos, mas na gestão anterior, mesmo parlamentares da oposição emplacavam comissionados na administração Rosani Donadon (MDB). E alguns revelam publicamente o desejo de repetir o procedimento na nova gestão.
Nestes primeiros dias, poucas têm sido as nomeações de servidores indicados por aliados do prefeito. Até esta segunda-feira, 16, o Portal da Transparência mostrava 68 portariados, mas esse número inclui o próprio prefeito, sua vice e os secretários. Na época de Rosani, a quantidade de portarias se aproximava de 600, caindo para menos de 500 na gestão interina do vereador Adilson de Oliveira (PSDB), que passou dois meses na função. Os concursados passam de 2 mil.
Logo ao assumir, Japonês dispensou, numa canetada só, todos os comissionados, e vem nomeando a conta-gotas os novos contratados. Em entrevistas e conversas recentes com aliados, ele tem avisado que cortará o total anterior pela metade.
Diante disso, em praticamente todas as secretarias há servidores que, mesmo sem nomeação, estão trabalhando. “Eles têm medo de não aparecerem no serviço e outra pessoa ocupar a vaga. Mas é provável que a nomeação seja feita retroativamente, para evitar que esses portariados percam um mês de salário”, explicou um efetivo.
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