O Tribunal de Justiça de Rondônia realizou na última semana na comarca de Porto Velho, vários eventos para celebrar o aniversário de 28 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA incentivando ações que garantem direito a crianças e adolescentes como a cultura, que está previsto no ECA.

O projeto promoveu uma programação que proporcionou a alunos de escolas públicas da capital, adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas, suas famílias e servidores, assim como a acadêmicos dos cursos de Serviço Social e Psicologia, momentos de reflexão sobre a importância da arte e da cultura no processo educativo e socioeducativo de crianças e adolescentes, em especial àqueles em situação de vulnerabilidade social e incluídos no Sistema Socioeducativo.

As comemorações tiveram início na segunda-feira, 6. E para abrir as comemorações, o projeto Orquestra de Rua, fez uma apresentação para servidores e magistrados no jardim do 1º Juizado da Infância e da Juventude, com a presença do Juiz Marcelo Tramontini.

“Tivemos dois objetivos durante essa semana que colocamos como metas para serem alcançadas. O primeiro é dizer para todos que cultura não é um direito secundário de crianças e adolescentes. A cultura é um instrumento poderoso de transformação social, e é um direito de todos. O segundo objetivo é nos desafiar, desafiar cada família, a sociedade civil e o estado a cumprir o Estatuto da forma como está previsto”, afirmou a assistente social Eliete Cabral.

Durante a semana das comemorações, o Grupo Minhas Raízes, do distrito de Nazaré, também formado por jovens da região ribeirinha do Baixo Madeira, fez apresentações que cativaram o público.

As atividades foram realizadas pelo 1º Juizado da Infância e da Juventude e pela Escola da Magistratura do Estado de Rondônia, com o apoio do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Rondônia.

Orquestra de Rua

Movidos pela necessidade, um grupo de jovens, com idade entre 18 e 20 anos, usou a criatividade para mostrar a música nas ruas. Durante suas apresentações em Porto Velho relataram sobre o surgimento da Orquestra de Rua e o motivo para a criação do grupo. “Nós somos moradores de favelas no Rio de Janeiro, e as condições que temos são poucas. Queríamos comprar pizza, mas não tínhamos dinheiro e, então, resolvemos nos juntar, fazer esse grupo e mostrar a nossa arte pelas ruas”, afirma Gilbert Vieira, um dos integrantes do grupo Orquestra de Rua.