Vereadora, que é professora, denuncia perseguição política, coação a alunos e avisa: “isso vai virar caso de polícia”; vídeo
Vivian Repessold (PP) cobrou a prefeito promessa de campanha
Vivian Repessold (PP) / Foto: Divulgação
A vereadora Vivian Repessold (PP) utilizou a tribuna da Câmara de Vilhena, durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 14, para denunciar possível perseguição política por parte de gestores da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Vivian, que é professora efetiva na rede municipal, afirmou que também seus alunos estão sendo coagidos e proibidos de ter aulas presenciais. Isso, segundo a vereadora, tem um objetivo: prejudicar suas atividades no parlamento.
Na sessão, a parlamentar divulgou áudio que seria de uma aluna, que, aos prantos, narra o ocorrido. “Oi, professora. Eu não vou poder estudar com você mais. Juntou lá a diretora, a vice e aquela mulher do conselho”, informa o áudio.
Depois, a vereadora explicou o caso. “Nunca me imaginei subir nessa tribuna e trazer isso aqui hoje. Estou com o coração entristecido. Essa é a fala de uma aluna minha, que ontem foi chamada na escola para assinar um documento e aceitar não ter aula presencial na escola. Imaginem vocês: após um problema mundial, hoje alunos estão sendo proibidos de ter aulas presenciais. Não estou inventando nada”, observa.
Lembrando a passagem do Dia do Professor, que se comemora nesta sexta-feira, 15, Vivian explicou que é educadora há 26 anos e desde que assumiu a vereança está tendo problemas com sua lotação na rede municipal. “Até hoje não tenho lotação fixa em escola nenhuma. Estou com lotação provisória. Isso porque o município oferece o segmento no Regular e no EJA. Mas eu não posso ser professora no EJA. Querem me lotar no Regular para que meus trabalhos na Câmara de Vereadores sejam prejudicados. Eu tenho direito à lotação a noite. E agora estão coagindo meus alunos e pedindo a eles que continuem com as aulas on line para que a professora não tenha acesso aos alunos. Pergunto pra vocês: é certo fazer isso com os alunos?”, desabafou.
Viviam continuou seu raciocínio ao pedir ao prefeito Eduardo Japonês que cumpra o que prometeu em campanha, de que não existiria perseguições políticas em sua administração, e avisou que o caso pode parar na polícia.
“Estou pedindo o direito de trabalhar e meus alunos o direito de estudar. E esses direitos estão sendo negados. A partir de hoje, se mais gente continuar coagindo meus alunos, isso vai virar caso de polícia. Viu, prefeito: o senhor, que está administrando a cidade, gostaria que tomasse providências. Só quero lembrar que estive nas campanhas eleitorais de 2016 e 2019 com Eduardo Japonês e hoje estou aqui passando por isso, de uma pessoa que garantiu em campanha que não haveria perseguição política”, encerrou.
VEJA O VÍDEO ABAIXO:
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