Vítimas de acidentes fazem apelo para que rondonienses adotem novo comportamento no trânsito

Os acidentes de trânsito geram transtornos para o paciente e para toda a sociedade.

Vanessa Moura/Fotos: Daiane Mendonça Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 08 de maio de 2019 às 10:25
Vítimas de acidentes fazem apelo para que rondonienses adotem novo comportamento no trânsito

O eletricista Rubens de Souza aponta a imprudência como causa do acidente que o lesionou e pede mais atenção no trânsito

Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Hospital e Pronto Socorro João Paulo II registrou 1.041 atendimentos referentes à acidentes de trânsito e a cada dia soma-se mais gente a essa estatística que desafia toda a sociedade a se mobilizar por um trânsito mais seguro, onde cada detalhe, como colocar o cinto de segurança, indicar a mudança de faixa e respeitar a velocidade, faz toda a diferença como apontam Rubens, José e Romário que aguardam cirurgia para reparar lesões causadas por acidentes de trânsito.

O ajudante de linha de transmissão, Romário Marques, 21 anos, confessou que desrespeitou uma das regras mais pertinentes do trânsito, ao conduzir a moto embriagado.

 

‘‘Eu estava errado, tinha bebido e estava na moto e ao desviar de um carro, eu cai. Minha mão ficou engatada dentro da coroa da moto. Bebida com direção não combinam’’, alertar Romário, consciente do erro. Ele quebrou o dedo e aguarda cirurgia.

 

Conduzir a moto embriagado foi a causa do acidente de Romário Marques

Outro que é considerado um grande problema no trânsito é a ausência da seta para indicar a mudança de direção e esse foi um dos motivos que levou o eletricista Rubens de Souza, 53 anos, a se envolver em acidente. Ele estava a caminho do trabalho quando o motorista do caminhão à frente dele mudou a direção sem sinalizar que iria entrar em outra via e, para evitar a batida, ele desviou, mas acabou se machucando. ‘‘Ainda tinha umas tartarugas soltas na via e eu mesmo fui imprudente porque ao invés de entrar no lado esquerdo, entrei do lado direito do caminhão’’, relata.

Já o marceneiro, José Francisco Oliveira,25 anos, aponta a precária condição de uma via em área rural como motivo do acidente que o lesionou. ‘‘Eu estava passando por uma ramal, entrei dentro de um buraco e perdi o controle da moto’’. Ele conta que quebrou o tornozelo. ‘‘Eu não desejo isso para ninguém. É uma situação muito triste. Vejo chegar aqui pessoas sequeladas, às vezes por muitos buracos na via como é o meu caso, mas também por imprudência. Se for por muita velocidade que se conscientize e se for por buracos nas vias que nossos representantes venham nos ajudar’’, disse.

O marceneiro José Francisco pede mais consciência no trânsito

Esses casos servem como conscientização, especialmente neste mês onde todo o Brasil se mobiliza na campanha Maio Amarelo para reduzir os índices de acidentes de trânsito. E deixam uma lição: no caminho da escola, trabalho, na volta para casa ou em qualquer outro deslocamento, os pequenos cuidados fazem toda a diferença, porém  ainda são muitos os que resistem a adotar um novo comportamento no trânsito.

Segundo o diretor do hospital, Carlos Eduardo Araújo, na parte de cirurgias, os pacientes com traumas de acidentes de trânsito representam cerca de 60% das demandas.‘‘São vários os motivos desses acidentes, mas o principal é a imprudência. Respeitem as leis de trânsito’’, alerta o diretor.

Os acidentes de trânsito geram transtornos para o paciente e para toda a sociedade. ‘‘Tem casos desde fraturas simples até traumas mais complexos como traumatismo craniano. Isso representa, muitas vezes, prejuízo irremediável para o paciente e para a família porque geralmente são pessoas em idade produtiva que vão precisar de cuidado para o resto da vida. Também é um peso para a previdência social, uma vez que a recuperação é lenta e  é uma conta que todos nós no fim acabamos pagando’’, explica.

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