Viúva de Anderson Gomes ainda não conseguiu voltar para casa
"A vida nunca vai ser a mesma coisa", diz Ágatha Reis.
Ágatha Reis, viúva de Anderson Gomes, participa de homenagem ao motorista no centro do Rio de Janeiro Fernando Frazão/Agência Brasil
O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de Anderson Gomes, há três meses, deixou Ágatha Reis, de 28 anos, viúva e com um filho de um ano e quatro meses. Casada com o motorista que levava Marielle para casa naquele dia, ela conta que tentou mudar sua rotina para atravessar o luto e ainda não conseguiu voltar para casa.
"A vida nunca vai ser a mesma coisa. Eu mudei o local de trabalho para as coisas ficarem um pouco mais tranquilas e mudar um pouco a rotina. Ainda não consegui voltar para casa, mas pretendo".
Ágatha mora com a mãe, que a ajuda a se organizar para cuidar do filho. No mês seguinte ao crime, ela já estava de volta ao trabalho, como servidora estadual.
Sem informações sobre as investigações, que seguem sob sigilo, Ágatha conta que, às vezes, se angustia e tenta acompanhar o caso pela imprensa.
"Eu fico com aquela sensação de que não teve muita coisa feita, mas sei também que é a expectativa de alguém que tem aquele sentimento pela pessoa que faleceu. Eu não tô na investigação, eu não sei o quanto caminhou".
Ela acredita que a falta de uma resposta deve ser mais leve para ela do que para a família de Marielle, porque a vereadora era o alvo do assassinato.
"Sei que o alvo não era o Anderson, sei que o crime não era dirigido a ele. Acredito que para a família da Marielle fica uma carga um pouco mais pesada, porque eles precisam saber de um motivo. E o motivo do [assassinato do] Anderson eu já sei: ele estava com ela", disse.
O crime levou milhares de pessoas às ruas e gerou reação internacional, com manifestações como a do Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, do Parlamento Europeu e até do papa Francisco, que cobram uma solução. Para a Anistia Internacional, que acompanha o caso de perto, a imagem do Brasil também está em jogo. Já o interventor federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, critica os vazamentos de informação sobre as investigações. Segundo ele, houve prejuízo à apuração.
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