Viveiro de Nova Brasilândia cultiva mudas de café clonal em embalagens biodegradáveis

As mudas de café clonal são produzidas em saquinhos de tecido TNT fino, semelhante a uma tela, composto por substrato de fibra de coco, casca de pino e adubos. As espécies não têm contato com a terra, elas ficam em prateleiras suspensas.

Texto: Suelly David Fotos: Suelly David
Publicada em 26 de janeiro de 2018 às 14:23
Viveiro de Nova Brasilândia cultiva mudas de café clonal em embalagens biodegradáveis

As mudas de café clonal são produzidas em saquinhos de tecido TNT fino

O crescimento significativo da produção de café, a importância da qualidade do fruto e a preocupação com a preservação do meio ambiente foram os princípios que nortearam o produtor do município de Nova Brasilândia, Rudinei Tietz, a implantar em sua chácara, na linha 17, km 02,  um viveiro de mudas de café clonal cultivadas em embalagens biodegradáveis.

As mudas de café clonal são produzidas em saquinhos de tecido TNT fino, semelhante a uma tela, composto por substrato de fibra de coco, casca de pino e adubos. As espécies não têm contato com a terra, elas ficam em prateleiras suspensas.

“As mudas formadas nesse saquinho podem  ser plantadas direto no campo. Nem precisa cortar o fundo, pois eles já vêm sem fundo e o saquinho se decompõe no solo”, destaca o produtor, que quer ser referência de qualidade e sustentabilidade em Rondônia.

Desde a inauguração, há 6 meses, o viveiro de 400 mil metros quadrado produz 600 mil mudas de café clonal, todas já comercializadas para os produtores da agricultura familiar em todo Estado, gerando 6 empregos direto. Rudinei explica que a capacidade de produção é de 1 milhão de mudas, mas pelo fato das embalagens (agropotes) virem prontas, o plantio pode ser feito até duas vezes ao ano, já que  os clones podem ser manuseados no período chuvoso, o que poderá dobrar a produção.

Seu Rudinei afirma que as vantagens com as embalagens biodegradáveis são muitas, comparando com as sacolas de politileno que um trabalhador planta 300 unidades por dia, e com a sacola de TNT são 1 mil unidades, e ainda contribui com a preservação do meio ambiente.

Durante o processo de desenvolvimento até a comercialização, as mudas de café clonais são mantidas em prateleiras suspensas, sem nenhum contato com a terra, evitando qualquer risco de ser infectada por nematóides.

Essa embalagem também pode ser utilizada no plantio de urucum, pimenta do reino, mamão, cacau, banana e plantas nativas.

Em visita ao Viveiro, na quarta-feira (24) o secretário estadual de Agricultura, Evandro Padovani,  enfatizou  que a técnica implantada na produção de mudas de café vem de encontro com o que o governo de Rondônia quer. Produção, qualidade e preservação ambiental. “Queremos maior produção de café, mais qualidade e ao mesmo tempo a preservação do meio ambiente”.

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