17ª Turma de Magistrados do TJRO comemora jubileu de cristal

Os juízes empossados aos 29 de abril de 2005 participaram do processo de modernização da Justiça no Estado de Rondônia

Assessoria de Comunicação - Ameron
Publicada em 29 de abril de 2020 às 09:44
17ª Turma de Magistrados do TJRO comemora jubileu de cristal

Na comemoração do aniversário de 15 anos da 17ª Turma de ingresso à carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia, a Ameron parabeniza aos magistrados pela dedicação e o comprometimento com a Justiça, fazendo valer os direitos dos cidadãos rondonienses. Os juízes empossados aos 29 de abril de 2005 participaram do processo de modernização da Justiça no Estado de Rondônia. Aquela turma contou com um total de 19 aprovados, uma das turmas com o maior número de aprovados, entre eles estava uma rondoniense nata.

A juíza Juliana Paula Silva da Costa, nascida em Porto Velho, tinha apenas 25 anos quando prestou o concurso para a magistratura do Estado de Rondônia e, ao sair a relação de classificação, se surpreendeu ao ver o nome no topo dos aprovados. “Estudei com muita disciplina por dois anos, conciliando trabalho e estudos. Era difícil ter que estudar e trabalhar. Fazia cursinho no LFG, no período da noite e estudava à exaustão, sempre estendendo a leitura até a madrugada. Não era fácil conseguir custear os estudos, mas todo o esforço valeu a pena”, comenta a magistrada que atuou nas comarcas de Vilhena, Cerejeiras, São Miguel do Guaporé, Guajará Mirim e agora reside em Porto Velho.

Aquela prova contou com cinco fases, com intensa avaliação psicotécnica. A banca de entrevistas e examinadora era composta pelos próprios desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RO); como lembra a juíza Roberta Cristina Garcia Macedo, outra magistrada aprovada naquele concurso. “A prova naquele tempo, assim como hoje, era bastante difícil. Ficávamos em Rondônia por duas semanas para a realização da primeira e da segunda fases. Após, com a aprovação nessas fases, ficávamos por mais duas semanas aproximadamente, para a realização dos exames psicológicos, de saúde, entrevistas com a Banca e com a Escola da Magistratura, além da prova oral propriamente dita. Ficávamos hospedados no antigo Centro de Treinamento do Tribunal de Justiça, onde tínhamos a oportunidade de manter contato com os candidatos e futuros colegas”, recorda a magistrada que morava em Cuiabá até ser aprovada no XVII concurso de ingresso a carreira da magistratura de Rondônia.

Ao ser aprovada, a juíza Roberta Cristina Garcia Macedo passou pelas comarcas de Vilhena, Nova Brasilândia do Oeste, Cerejeiras e onde reside atualmente, Pimenta Bueno. “A Magistratura de Rondônia sempre foi um sonho, que vivo intensamente e do qual tenho muito orgulho”, sintetiza a magistrada que se dedicou, exclusivamente, por um ano e meio aos estudos para obter a aprovação.

“A sensação foi surreal, realmente de um sonho sendo realizado! Uma porta se abrindo mostrando que as aspirações de adolescente no fórum de Goiânia que admirava os Juízes de toga e se imaginava um dia estar naquela condição. Enfim, graças a Deus, esse sonho virou realidade e venho exercendo esse sacerdócio com amor e dedicação”, desabafa o juiz Flávio Henrique de Melo. Em 2005, ele era apenas mais um das centenas de candidatos que deixou para trás a cidade natal, em busca da realização do sonho de infância, sendo recompensado com a aprovação no concurso para magistrado. A primeira experiência na judicatura ocorreu em Porto Velho, como juiz substituto, se tornando titular nas comarcas de Alvorada do Oeste, Pimenta Bueno, Jaru, até retornar para a capital. “A prova foi muito difícil e exaustiva, porém a minha vivência profissional de professor me ajudou muito na fase discursiva e oral”, complementa.

Aquela turma contava com recém-formados em Direito, advogados, professores universitários e também magistrado. Isso mesmo, pois o juiz Audarzean Santana da Silva tão logo colou grau em 2001 e se tornou juiz no Estado do Acre. Quando decidiu prestar o concurso para a magistratura de Rondônia, sentiu que ficaria mais próximo da família que reside em Cuiabá-MT.  "O concurso para a magistratura é muito difícil, com várias etapas de prova. Um candidato como eu, que já trabalhava, tinha o grande desafio de conciliar estudo com trabalho. Depois de um extenuante esforço para os estudos, ao ser aprovado no concurso de Rondônia fui tomado de felicidade porque teria oportunidade de morar e contribuir com o desenvolvimento de um Estado novo, com um Judiciário muito bem estruturado, focado na boa distribuição da justiça", avalia.

Modernidade na judicatura de Rondônia

A 17ª turma de magistrados contou jovens juízes que contribuíram para a modernização do Judiciário rondoniense e vivenciaram a transformação das novas tecnologias à serviço da judicatura. “O exercício da magistratura avançou muito nesses quinze anos. Quando entramos, trabalhávamos com carimbo e, muitas vezes, decidíamos à mão. Hoje, a assinatura é digital e já estamos procedendo às audiências por videoconferência. É um desafio e, ao mesmo tempo, uma satisfação fazer parte de toda essa evolução”, revela a juíza Juliana Paula Silva da Costa.

Os investimentos aplicados na modernização do sistema de Justiça em Rondônia, observado nos últimos anos, tem facilitado e agilizado a prestação dos serviços jurisdicionais. “Sinto-me orgulhoso em ser magistrado no atual momento. A internet permite o acesso às bibliotecas virtuais, à jurisprudência de todo Brasil, o que permite ao juiz se aprofundar nos temas que irá decidir. Além disso, as gravações digitais das audiências permitem ao magistrado colher a prova oral de forma mais fiel e num tempo menor. Por fim, a nova lei 13994/2020 admitiu audiências por videoconferência permitindo que pessoas distantes falem para a justiça de onde estiverem. De se ver, as inovações tecnológicas estão sendo incorporadas ao Judiciário, aprimorando os serviços da justiça”, expressa o juiz Audarzean Santana da Silva.

Além dos magistrados mencionados acima, também foram aprovados naquele concurso, os juízes: Bruno Sérgio de Menezes Darwich; Anita Magdelaine Peres Belém; Wanderley José Cardoso; Valdirene Alves da Fonseca Clementele; Leonardo Leite Mattos e Souza; Márcia Regina Gomes Serafim; Elson Pereira de Oliveira Bastos; Elisangela Nogueira; Juliana Couto Matheus; Ivens dos Reis Fernandes; Adriano Lima Toldo; Keila Alessandra Roeder Soares; Marcus Vinicius dos Santos de Oliveira.

Comentários

  • 1
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    clenio amorim correa 30/04/2020

    Fui vizinho muitos anos da Juíza Juliana alí na Rogério Weber no Bairro Caiari, inclusive a vi nascer e carreguei no colo, sou testemunho de sua perseverança ao encarar o ingresso na carreira da magistratura, de família humilde, mais que teve como esteio duas mulheres incansáveis batalhadoras, sua mãe Dª Graça e a saudosa tia Maria. A Drª Juliana e uma daquelas pessoas inteligentes, determinada, independente e corajosa, de habilidade para encarar a vida, é firme diante dos obstáculos, sem jamais deixar de sorrir e pensar com o coração. É genial festejar o sucesso!!! Parabéns nobre magistrada! Parabéns a todos os magistrados dessa turma!!!

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