30 anos de luta contra a aids são lembrados com relatos de tratamentos bem sucedidos; Campanha será lançada sábado em Porto Velho

A campanha lançada no último dia 22 lembra os 30 anos de luta, pessoas que morreram por falta do tratamento e outras 13 que vivem com HIV trazem a mensagem sobre a importância do tratamento.

Veronilda Lima
Publicada em 29 de novembro de 2018 às 11:28
30 anos de luta contra a aids são lembrados com relatos de tratamentos bem sucedidos; Campanha será lançada sábado em Porto Velho

Sou Indetectável. Com este tema o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), do HIV/Aids e das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, pretende mostrar neste ano, durante a campanha da Luta Mundial Contra a Aids, os avanços do tratamento que fizeram com que pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV) atingissem o status de não ter mais a carga viral detectada em seu organismo, o que lhes garante melhor qualidade de vida, com risco mínimo de transmitir para outras pessoas ou contrair doenças oportunistas, como pneumonia, tuberculose, candidíase, herpes, sífilis, entre outras. A campanha lançada no último dia 22 lembra os 30 anos de luta, pessoas que morreram por falta do tratamento e outras 13 que vivem com HIV trazem a mensagem sobre a importância do tratamento.

Em Porto Velho, as atividades serão realizadas no próximo sábado, no Espaço Alternativo, a partir das 18h, sob a coordenação do Núcleo Estadual de IST, Aids e Hepatites Virais, da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa-RO) com a participação de acadêmicos do curso de enfermagem, Polícia Militar, Base Aérea, entras instituições.

Embora tenha ocorrido aumento de mais de 27% dos casos de óbito em Rondônia, passando de 4,8 para 6,1 por 100 mil habitantes, de 2014 a 2017, conforme o último boletim Epidemiológico HIV/Aids, a coordenadora das ações no estado, enfermeira Gilmarina Araújo, explicou que o foco neste ano é dado às pessoas que conseguiram êxito por seguirem o tratamento corretamente. Em três anos também foi constatada redução dos casos de aids, caindo de 24,5 para 18,7, também por 100 mil habitantes.  Além de Rondônia, os Estados do Acre, Ceará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul tiveram o número de óbitos elevado.

Segundo Gilmarina, o público que frequenta o Espaço Alternativo terá a oportunidade de ouvir um paciente da Policlínica Oswaldo Cruz (POC) relatando sua luta contra a doença e conhecer os serviços e os medicamentos utilizados. No local ainda haverá uma mandala da prevenção, que consiste em uma representação geométrica dos meios de prevenção combinada com aspectos biomédico, comportamental e estrutural, de forma individual, parcerias/relacionamentos, comunitário e social.

“Também como forma de interagir com o público, levaremos dois manequins demonstrativos e uma faixa de dez metros, onde as pessoas poderão escrever frases ou mensagens, e distribuiremos materiais informativos e preservativos”, adiantou.

Fórum Integrado

Já na segunda-feira (3) será realizado o 1º Fórum Integrado da Prevenção Humanização e Diversidade, com abordagem multidisciplinar. O evento acontecerá da 8h30 às 18h, no Rondon Palace, em parceria com Casa Família Roseta e o grupo Consultório na Rua, que faz a busca. As palestras serão ministradas por técnicas da área da saúde do Ministério da Saúde e do Rio Grande do Norte, com ênfase foco no projeto Sífilis Não, que tem como foco as infecções em decorrência do HIV. O público alvo são funcionários da saúde, das casas terapêuticas, acadêmicos da saúde e residentes das casas terapêuticas.

Dados epidemiológicos da Agevisa-RO apontam que no primeiro semestre de 2017 foram registrados em Rondônia 347 casos, dos quais 183 em Porto Velho, enquanto que em 2018, no mesmo período, foram 302, sendo 135 na capital.

DADOS EPIDEMIOLOGICOS AIDS 1987 A 2017

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