A extensa lista de material escolar e a corrida por uma vaga

Quem tem filho na pré-escola enche de três ou mais sacolas, e, às vezes, ainda tem que comprar uma coisa ou outra durante o ano, pois está sempre faltando.

Valdemir Caldas
Publicada em 23 de janeiro de 2019 às 14:43
A extensa lista de material escolar e a corrida por uma vaga

(*) Valdemir Caldas

Sempre que começa o ano letivo, os pais tomam um susto danado com as quilométricas relações de material escolar, a que são obrigados comprar para seus filhos. Algumas escolas pedem uma quantidade exagerada de material, os quais, muitos deles, são completamente desnecessários, uma vez que nem a metade será usada.

Quanto mais baixa é a série do aluno, maior é a lista do material. Quem tem filho na pré-escola enche de três ou mais sacolas, e, às vezes, ainda tem que comprar uma coisa ou outra durante o ano, pois está sempre faltando. Quem tem filho estudando em escolar particular tem outro problema: o preço abusivo das mensalidades, que sobe todos os anos. Em alguns casos, sempre acima da inflação.

Some-se a isso a falta de vagas nas escolas públicas. Entra ano, sai ano. Entra governo, sai governo, e a cena se repetente: dezenas de pais e mães de alunos passam a noite deitados em rede, bancos e colchonetes, para tentarem conseguir uma maldita senha e, destarte, matricularem seus filhos. Vem do município de Nova Mamoré o descaso do poder público para com a população, principalmente com os segmentos mais carentes da sociedade, como mostra postagem do Mamoré Agora, reproduzida pelo Jornal Eletrônico Rondoniaovivo.

Além da péssima qualidade do ensino brasileiro, a população é obrigada a conviver com a exploração, um mal que cabe às autoridades coibir com rigor. O poder público, que tanto se tem esforçado para introduzir o capitalismo brasileiro em caminhos mais claros e iluminados pela liberdade de escolha, não pode deixar campear a exploração nesse setor estratégico da vida nacional. Em vez disso, precisa agir!

Comentários

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    Telma Rodrigues 23/01/2019

    A cada início de ano letivo repete-se o chororô de pais, furiosos diante da extensa (e cara) lista de material escolar que precisam adquirir e deixar na escola pública. Muitos desses pais realmente enfrentam problemas econômicos. Porém, cada pai/mãe que gera filhos, precisa assumir algumas responsabilidades. Os pais devem, ao longo do ano, economizar alguns caraminguás para a aquisição do material escolar das crias. Afinal, esse é seu maior investimento. Muitos pais gastam horrores com festas e bebidas, roupas caras e celulares de luxo, dízimos extorsivos (que enriquecem a falsos líderes religiosos) e outras bobagens, mas se esquecem que geraram crianças que precisam de apoio financeiro para sua formação escolar. Se as listas de materiais escolares são abusivas, que os pais compareçam às reuniões da escola e, em conjunto, exijam uma adequação. Só reclamar por reclamar, nada resolve.

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