A história vai falar de Lula

"Lula falou de fome, desigualdade e paz. Lula falou do que sente, entende e acredita. Lula parecia iluminado. E estava", resume Denise Assis

Denise Assis
Publicada em 23 de junho de 2023 às 18:21
A história vai falar de Lula

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

Quando os livros de história registrarem o nosso tempo, não falarão de mim ou de vocês. Falarão de nós e do nosso momento histórico. Falarão de seis anos de exceção, quando o Judiciário foi sequestrado por uma onda de fake news, por uma ação massiva de uma mídia que mirou os seus interesses e com isso tirou de cena o maior político surgido nos últimos anos.

No seu afã de calar Lula, porém, o que fez foi potencializar as suas qualidades, permitindo-lhe tempo - ironicamente no fundo da prisão -, para refletir e balancear o que fez, o que ficou por fazer e o que é a verdadeira vocação do seu país em relação ao mundo.

Seu retorno - e devemos isto ao agora ministro Cristiano Zanin e à sua mulher, Valeska -, nos proporcionou o enfrentamento ao fascismo, internamente, mas nos legou externamente uma nova visão de mundo, que Lula teve tempo, nos 580 dias em que esteve preso e isolado, desenhar.

Foi esse novo desenho, com a possibilidade de um mundo multipolar e menos desigual, que ele exibiu no fórum que discutia em Paris um novo pacto financeiro global e para o clima. 

Trazendo as cores do Brasil na gravata, o rubor da emoção nas bochechas e o calor do encontro em Roma, com o Papa, no coração, Lula abandonou protocolos, guardou no bolso o correto discurso preparado em conjunto com assessores e falou o que lhe ia na alma. 

Falou com a autoridade dos que conhecem a fome, das desigualdades e do abismo entre as atividades de países ricos e pobres. Exibiu as dimensões do seu país e do quanto nós, os países da África, Cuba e de quantos situados ao Sul do Equador, lutamos para nos mantermos à tona, num mundo em que o capitalismo dita as regras e o "mercado" é capaz de sugar bilhões e ordenar as regras monetárias avassaladoras, como fez nesta semana, o presidente do Banco Central.

Lula mostrou ao mundo a urgência da montagem de um modelo que sirva aos tempos atuais, em que a ONU volte a ser um organismo capaz de colaborar com o ordenamento da paz no mundo, com real autoridade para fazê-lo. Conclamou os chefes de Estado presentes a repensar as suas atitudes e objetivos. Alertou para a nocividade da pobreza para o planeta e o seu futuro. Abriu os olhos do mundo sobre o quanto atraso e clima são temas que caminham juntos para a degradação da humanidade.

Tocou com segurança numa necessária mudança da visão econômica do ganha, ganha, apontando que no final todos perderão. 

Mostrou a todos que os cinco milhões de quilômetros quadrados de Amazônia são do Brasil, mas servem ao mundo, que deve pagar por isto, ajudando a preservá-la.

Citou números do seu país, dos demais continentes e conclamou os seus homólogos a lutar pela paz. Não da maneira demagógica que se costuma falar do tema, mas falando ao que eles todos entendem de sobra: suas caixas registradoras.

Lula falou de fome, desigualdade e paz sem apelar para a demagogia nem sequer um minuto. Lula falou do que sente, entende e acredita. E quando as palavras são esculpidas com verdade, elas calam fundo em quem as ouvem. Lula parecia iluminado. E estava. Trazia dentro de si seu amor ao Brasil e sua genuína vontade de mudá-lo e colocá-lo na dimensão do cenário mundial. Que tenha sido ouvido. Principalmente pelo presidente do Banco Central. 

Lamentavelmente não estaremos no futuro dos livros de história para dizer do orgulho que sentimos ao sermos acordados hoje com as palavras do presidente Lula. Mas eles falarão do nosso tempo. Certamente contarão sobre Lula.

Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

Comentários

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    OBSERVADOR 24/06/2023

    O ex-presidiário descondenado Luladrão entrará, aliás, já entrou, como o maior chefe de ORCRIM das Américas. O ex-presidiário descondenado Luladrão também será lembrado como já é, como o ladrão mais mentiroso de todos os tempos. O encantador de jumentos e serpentes igual ele já tem seu nome marcado na história como o maior fascista esquerdeopata apoiador de ditadores e ditaduras latino-americanas como as de Cuba, a dos sanguinários Maduro na Venezuela, do Daniel Ortega na Nicarágua, Putin na Rússia e por aí vai mundo afora. O ex-presidiário descondenado Luladrão está no poder não pelo voto mas pelas maracutaias da turma de togados defensores e apoiadores de bandidos como o Luladrão com assento na camarilha denominado TSE. Não foi o povo que elegeu o ex-presidiário Luladrão mas sim o TSE. O ex-presidiário descondenado Luladrão é só uma marionete manipulado pela turma do Xandão no STF e do Benedito Gonçalves no TSE. Benedito Gonçalves, aquele que levou uns tapinhas na fuça do ex-presidiário descondenado Luladrão no dia da tal posse, alguém lembra? Aquele mesmo que Xandão determinou que ele conduzisse o ex-presidiário descondenado Luladrão para ser diplomado e em resposta ele relinchou ao ouvido do Xandão: Ordem dada é ordem cumprida. O lambe pés do ex-presidiário Luladrão. Portanto, o ex-presidiário descondenado Luladrão já entrou para história tanto que ele só se apresente ou aparece para seu publiquinho adestrado, jumento de cabresto filiado a sua ORCRIM PTralha, ou seja, delinquentes escolhidos por ele a dedos caso contrário será não só vaiado como ouvirá um uníssono coro de: "LULA LADRÃO SEU LUGAR É NA PRISÃO". Portanto, o ex-presidiário descondenado e chefe da maior ORCRIM das Américas já está na história, bem como no livro da cela prisional da PF em Curitiba/PR. A história do ex-presidiário descondenado Luladrão é muito superior as de Fernandinho Beira-mar e Marcola, ambos chefes das ORCRIMs PCC e CV, ou seja, o ex-presidiário descondenado Luladrão supera os chefes das mais temidas ORCRIM, PCC(Marcola) e CV(Fernandinho Beira-mar) em terras tupiniquins e nas Américas anos-luz. Beira-mar e Marcola não têm em mãos e sob suas custódias para chamarem de seus uma composição no STF, STJ e demais tribunais regionais federais, tonalidade máxima do MPF/PGR para chamarem de seus, tem? Não tem. Portanto, o ex-presidiário descondenado Luladrão desde o mensalão até os dias atuais já está na história como entrou Escadinha no RJ, Marcola do PCC em SP, Fernandinho Beira-mar chefe do CV do RJ entre outras facções criminosas que têm como seu patrono exatamente o ex-presidiário descondenado Luladrão. Não à toa o ex-presidiário descondenado é unanimidade nos presídios brasileiros e no meio da bandidade sejam bandidos pés de chinelos ou milionários/bilionários, empresários ou políticos de todos os setores das ORCRIMs, o ex-presidiário descondenado Luladrão é unanimidade e a maior representatividade do mundo do crime organizado, o maior líder de ORCRIM das Américas. Portanto, este é o passado, o presente e o futuro histórico do ex-presidiário descondenado Luladrão, bem como maior legado para os iniciantes no mundo do crime como o todo. É isso...

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    Falei 24/06/2023

    ..."Trazendo as cores do Brasil na gravata"...Diseste bem, na gravata, bem desapegado da verdeira cor que reapresenta o Bra$il.

  • 3
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    OBSERVADOR 23/06/2023

    (...) como ex-presidiário descondenado pelos seus comparsas togados do STF, bem como, como o maior chefe de ORCRIM das Américas e quiçá do planeta. O ex-presidiário descondenado Luladrão foi eleito pelo TSE e não chefia o país, que manda e desmanda no desgoverno, na cleptocracia do Barrabás(Luladrão) e seus mais de 40 ladrões entre mensaleiros, PeTrolões e sanguessugas que tornaram o Brasil país de bananas com a implantação da mais terrível cleptocracia das Américas pós redemocratização aí sim, vai colocar o ex-presidiário descondenado Luladrão na história do maior chefe de ORCRIM das Américas que foi retirado do cárcere pelos seus pares comparsas togados pela porta de frente do presídio sem precisar da ajuda de Fernandinho Beira-mar e Marcola para ser maeionete, pau mandado e serviçal da turma do STF e TSE, isto sim. É isso que representa e representará o maior corrupto e chefe de ORCRIM das terras tupiniquins, das Américas e quiçá do mundo. Esta será o enredo da história do maior ladrão das Américas. The End...

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    sebastian 23/06/2023

    Só falta o jornaleco canonizar o Ali Babá, o cara é tão exemplar como líder que o maior reduto eleitoral dele é o mais miserável do país.

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