A verdade sobre a AROM

A eleição da AROM foi legítima. Foi dado direito a todos concorrer ao cargo de presidente. Os excessos foram cometidos pelos quatro prefeitos cujos interesses vão além da instituição

Gerson Costa
Publicada em 03 de fevereiro de 2021 às 14:32
A verdade sobre a AROM

Os prefeitos de Jaru, João Gonçalves Junior; Pimenta Bueno, Delegado Araújo; Vilhena, Eduardo Japonês; e Cerejeiras, Lisete Marth, têm todo o direito de ingressar com ação na Justiça para tentar anular a sessão ordinária realizada pela Associação Rondoniense dos Municípios (AROM) na última segunda-feira, dia 1. O Poder Judiciário existe, exatamente, para os inconformados exigirem seus supostos direitos. Entretanto, entre o desejo e a satisfação, há uma lacuna. Vejamos o porquê o quarteto vai dar com os burros n’água:

A assembleia ordinária foi devidamente convocada e assinada por todos os prefeitos, inclusive os quatro insatisfeitos. Pontualmente às 19h30 o evento foi aberto com a presença on-line de 41 prefeitos. Todos estavam cientes da pauta: a destituição da atual diretoria, presidida pela ex-prefeita Gislaine Clemente Lebrinha, a cassação dos poderes do diretor-geral Roger Andre Fernandes, que após uma manobra regimental no mês dezembro passou a dirigir a entidade como prefeito-presidente, e a realização do processo eleitoral.

Depois de quase quatro horas de discussão, alguns prefeitos, como o Delegado Araújo, propuseram a votação de um presidente interino, já que a ex-prefeita Lebrinha apresentou sua renúncia, deixando vago o cargo de presidente. Como a proposta não foi aceita, os prefeitos decidiram eleger uma chapa para concluir o mandato deixado por Lebrinha que vai até o dia 31 de janeiro de 2021.

Foi dado a todos um intervalo para formar as chapas. Japonês, Araújo, Gonçalves e Lisete estavam on-line e não quiseram apresentar chapa alguma. Pelo contrário, passaram a atacar ferozmente os colegas, como se até aquele momento a AROM fosse a instituição mais honrada do mundo nas mãos da ex-prefeita Lebrinha pega no flagrante recebendo propina dos empresários do lixo.

A eleição da AROM foi legítima. Foi dado direito a todos concorrer ao cargo de presidente. Os excessos foram cometidos pelos quatro prefeitos cujos interesses vão além da instituição. O vídeo da assembleia foi gravado. A Justiça e os prefeitos podem ter acesso as gravações para comprovar a falta de gentileza principalmente do prefeito de Vilhena.

O novo presidente Célio Lang vem de quatro mandatos de prefeito. Não responde a processo algum por irregularidades. Ele quer levar os mesmos princípios da probidade, transparência e moralidade para a AROM. Sua diretoria está ciente que a instituição precisa viver um novo momento, deixar as amarras do passado e defender legitimamente os interesses dos prefeitos.

A verdade sobre a AROM

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